por Bernardo de Gregório
fonte: Grupo Cinturão de Fótons
"A Verdade, A Beleza e O Bem
São as maiores dádivas que podem nos oferecer
O Pensar, O Sentir e O Querer"
Rudolf Steiner
O aspecto Crístico não é apenas aquele trazido por Jesus, mas aquele que, nessa fase tão importante que o Planeta está vivendo, será marcado em cada um de nós que nos auto-aprimorarmos nessa fase de transição planetária. O despertar do Cristo interno é uma meta que tem sido almejada por seres aqui na Terra desde os primórdios das civilizações e, sob este prisma, Cristo é a irradiação de mundos mais sutis para o mundo físico. O Impulso Crístico se faz presente então em nosso corpo no coração, no chakra cardíaco, sede de todos os nossos sentimentos mais elevados e propriamente humanos. No chakra cardíaco, representado pela cor verde ou pela cor rosa, o Impulso Crístico se manifesta como vibração em quatro planos possíveis: o físico, o etérico, o astral e o Espiritual. Apenas no plano Espiritual é que o verdadeiro Impulso Crístico se revela como o Amor Crístico. O Amor Crístico tem uma natureza: sua natureza é ser incondicional. Não há troca, não há expectativa, não há aspectos pessoais envolvidos, não há sentimento de posse. Qualquer amor em que haja troca não é Amor Crístico. O Amor Crístico se dá sem absolutamente nada desejar receber. No entanto, quando falamos que ele é incondicional, estamos referindo ao fato de que ele não pede nada para se doar, não cobra nada, não deseja prêmio. Ele é incondicional nesse sentido, no entanto, tem algumas condições, mas não relacionadas a barganha, a troca. A condição do amor incondicional é, em primeiro lugar, a Justiça. Existem leis na vida que, mesmo que ninguém aqui, na Terra, obedeça isso não invalida as leis, isso não as torna injustas; mas essas leis de Justiça Cósmica quem quer que tenha manifestado em si o Amor Crístico precisará necessariamente manifestá-las. Ou melhor: é o próprio Amor Crístico que nos revela estas leis de Justiça Espiritual de forma inequívoca e dissociada de toda moral dada.
O chamado Impulso Crístico existe no Universo desde sua criação e destacou-se da figura de Deus-Pai já nos primeiros momentos desta existência. Vindo de Deus-Pai o Espírito Crístico tornou-se o Deus-Filho e sobre Ele ergueu-se todo o Universo material por nós conhecido como Universo-Filho. Unindo Deus-Pai e Deus-Filho há o chamado Espírito Santo, ou a também conhecida porção feminina de Deus, a Deusa-Mãe, chamada no Judaísmo de Shekinah e no Cristianismo de Sophia. Eis a Santíssima Trindade. Numa descendência contínua desde a criação, o Espírito Crístico sacrificou sua própria essência divina para criar o Universo-Filho. Muito mais tarde, é também o Espírito Crístico que orientou a evolução das espécies e que, como quem molda o barro, criou um corpo material capaz de aceitar o Espírito Humano em si. É este mesmo Espírito Cristico que conduziu a Humanidade em seus momentos mais críticos e inspirou todos os profetas e avatares. No auge de sua descendência desde Deus-pai até a matéria, o Espírito Crístico finalmente encarnou num corpo físico, usando como veículo para tal o corpo e a alma de Jesus Nazareno, seu maior e mais perfeito avatar. A esta altura, Jesus Nazareno estava com 30 anos de idade e provavelmente esta encanação do Espírito Crístico se deu no batismo no Rio Jordão. Deste momento até o fim do período do fenômeno da dualidade Jesus-Cristo, tudo o que a ocorreu com Jesus Nazareno foi uma influência direta do Espírito Crístico sobre si. Esta dualidade Jesus-Cristo teve seu fim no Mistério do Golgotha, com a morte de Jesus Nazareno na cruz; porém, de toda forma, esta junção metafísica de um Deus a um humano, não poderia mesmo ser sustentada por muito mais do que 3 anos. Três dias mais tarde, no fenômeno na ressurreição, apenas o Espírito Crístico ressurgiu sobrevivendo à morte, apresentando-se sob forma etérica pura aos apóstolos e não mais associado a Jesus Nazareno.
A partir então, desde o início do Século I, o Espírito Crístico iniciou uma ascensão da matéria de volta à comunhão com o Espírito de Deus-Pai. A inversão da descendência do Espírito Crístico por sua ascendência deu-se na encarnação na matéria, mais especificamente no Mistério do Golgotha, por volta do ano 30 da Era Cristã. A existência do Cristo no corpo etérico da Humanidade passou a ser fato por aproximadamente 2 mil anos. Atualmente, no entanto, continuando seu processo de ascensão, o Espírito Crístico está deixando a esfera etérica e adentrando a esfera astral do planeta, causando todas as modificações das quais estamos sendo testemunhas. Com esta passagem do Espírito Crístico do mundo etérico para o mundo astral, é exigido da Humanidade que desenvolva por conta própria, e não mais a partir de Cristo, uma Consciência Espiritual independente, ou seja, uma “Alma da Consciência”. Desenvolver esta Alma da Consciência significa desenvolver em cada um de nós uma noção ética independente das tradições morais previamente estabelecidas e totalmente embasada na noção de Amor Crístico e de Justiça Cósmica. A via para se atingir este novo degrau evolutivo é a “empatia”: capacidade absolutamente humana de conseguir se colocar no lugar do Outro, a ponto de nos esquecermos por uns instantes de nós mesmos e conseguirmos sentir como o Outro percebe sua própria vida, a nós mesmos e a toda existência. Resumidamente, atingir a Alma da Consciência é exatamente “amar ao próximo como a si mesmo”.
Quem terá visto algo que em realidade existe, mas não se manifesta?
Quem terá visto o que se manifesta no coração, mas não repousa nos lábios?
Quem terá visto aquele que é a realidade do mundo, mas não se encontra no mundo?
Quem terá visto na existência e na não-existência uma tal não-existência?
Quem terá visto o que se manifesta no coração, mas não repousa nos lábios?
Quem terá visto aquele que é a realidade do mundo, mas não se encontra no mundo?
Quem terá visto na existência e na não-existência uma tal não-existência?
Mevlana Jalal ud-Din Rumi
Para saber mais:
Na Internet
http://www.esoterismosite.hpg.ig.com.br/bc/cristo.htm
http://www.sab.org.br/antrop/const1.htm
http://www.sab.org.br/antrop/const2.htm
http://www.sab.org.br/antrop/const3.htm
http://www.humanizar.com.br/paginas/globalizacao.htm
Em Livros
Eigensinn macht Spaß von Hermann Hesse
publicado em 29/novembro/08
Fonte: Grupo de estudos transição planetária: Cinturão de Fotons