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" Você esta aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele.

Veja como você é importante! "

Eckhart Tolle


Arrisque... o risco é a unica maneira de você saber se está "realmente" Vivo!!!

Zoia Petrow








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Serenidade

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Rudolf Steiner

Temos que erradicar da alma, com a raiz, todo medo e terror daquilo que, do futuro, vem ao encontro do ser humano.
Serenidade frente a todos os sentimentos e sensações perante o futuro o ser humano deve adquirir.
Encarar com absoluta equanimidade tudo aquilo que possa vir, e pensar somente que o que vier, virá a nós de uma direção espiritual plena de sabedoria.

Em todo momento temos que fazer o que é correto e deixar o restante entregue ao futuro. Isso é o que temos que aprender em nossa época: viver em pura confiança, sem qualquer segurança existencial, confiando na ajuda sempre presente do mundo espiritual.

Realmente, hoje em dia não pode ser de outra forma, se não quisermos que a coragem submerja. Disciplinemos firmemente nossa vontade, e procuremos a revelação a partir do interior, todas as manhãs e todas as noites.


 


paciência Agora

Pergunta


Tem paciência
com tudo não resolvido em teu coração
e tenta amar as perguntas em ti
como se fosse quartos trancados ou livros escritos em idioma estranho.

Não pesquises em busca de respostas
que não te podem ser dadas,
porque tu não as podes viver,
e trata-se de viver tudo.

Vive as grandes perguntas Agora.
Talvez num dia longínquo,
sem o perceberes,
te familiarizarás com a resposta.

Rainer Maria Rilke






espirito e matéria


 Purusha Prakriti by Laxmann Pai


A Evolução é a causa da Involução e vice-versa

A Involução não pode acontecer sem que o processo de evolução ocorra primeiro. 

A evolução começa quando a consciência (jnana) e a vontade (ichha) unem-se e dão origem à matéria (kriya). 

A energia resultante produz a forma sonora de Om e recebe o nome de Ishwara (Deus).



Duas forças principais trabalham juntas no processo evolucionário: 
  • o Supremo Espírito (Purusha) e 
  • a Suprema Matéria (Prakriti). 
Estas forças dão origem à mente universal (mahat). A mente universal torna-se, então, a principal força ativa, usando a matéria como substância para a evolução do universo. 

Dessa forma, a criação evolui em revestimentos: 
  • o revestimento causal, 
  • o revestimento sutil e 
  • o revestimento denso.
Quando a matéria quer retornar ao espírito, o processo se inverte. O revestimento denso se dissolve no revestimento sutil e, depois, o sutil no causal. Mas a memória dos revestimentos permanece no Espírito Supremo. Novamente, esta memória torna-se a causa da evolução.


como posso ser feliz?

por Sua Santidade, o 14.º Dalai Lama
Um resumo extraído do livro "Uma Ética para o Novo Milênio"

Cada uma de nossas ações conscientes e, de certa forma, toda a nossa vida podem ser vistas como resposta à grande pergunta que desafia a todos:


"Como posso ser feliz?"

No entanto, estranhamente, minha impressão é que as pessoas que vivem em países de grande desenvolvimento material são de certa forma menos satisfeitas, menos felizes do que as que vivem em países menos desenvolvidos. Esse sofrimento interior está claramente associado a uma confusão cada vez maior sobre o que de fato constitui a moralidade e quais são os seus fundamentos.


A meu ver, criamos uma sociedade em que as pessoas acham cada vez mais difícil demonstrar um mínimo de afeto aos outros. Em vez da noção de comunidade e da sensação de fazer parte de um grupo, encontramos um alto grau de solidão e perda de laços afetivos. O que gera essa situação é a retórica contemporânea de crescimento e desenvolvimento econômico, que reforça intensamente a tendência das pessoas para a competitividade e a inveja.


E com isso vem a percepção da necessidade de manter as aparências por si só uma importante fonte de problemas, tensões e infelicidade. O descaso pela dimensão interior do homem fez com que todos os grandes movimentos dos últimos cem anos ou mais - democracia, liberalismo, socialismo - tenham deixado de produzir os benefícios que deveriam ter proporcionado ao mundo, apesar de tantas idéias maravilhosas.


Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa. Considero que a espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano - tais como :


  • amor e compaixão,

  • paciência,

  • tolerância,

  • capacidade de perdoar,

  • contentamento,

  • noção de responsabilidade, e

  • noção de harmonia


{estes} ítens que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros.
É por isso que às vezes digo que talvez se possa dispensar a religião. O que não se pode dispensar são essas qualidades espirituais básicas.

renascimento




Uma pessoa religiosa é aquela que aceita este exato momento - seja qual for o caso - e, através dessa aceitação, ela nasce renovada, o morto é ressuscitado.
Isso é um renascimento...
Quando você renasce, tudo renasce com você: as árvores serão as mesmas e, contudo,  não serão as mesmas; os montes serão os mesmos e, contudo, não serão os mesmos - porque você mudou.
Você é o centro do seu mundo, e, quando o centro muda, a periferia tem de seguir, porque o mundo é apenas uma sombra ao seu redor.

  trecho de "A Semente de Mostarda" 
Osho





          ...seguindo apenas dois caminhos:
  •  um deles o leva ao conhecimento
 e
  •  o outro ao amor.

Atingindo a meta, descobre-se com surpresa que não existe conhecimento sem amor; que na verdade, amor é conhecimento e que a passagem secreta para se chegar a ambos é uma só: a respiração.
                                                                      C. M. Chen



calendário maia




O Calendário Maia não prevê o fim do mundo em 2012,  mas sim o início de uma nova era, a era de ouro.


“Honrem e respeitem o espírito, guardando-se contra a idolatria das ilusões da personalidade humana”
Mitologia Maia


Fundamentalmente diferente dos convencionais calendários que são apenas um sistema para marcar a passagem do tempo, o Calendário Maia é, acima de tudo, um calendário de leitura e interpretação da astronomia, da condição ambiental do planeta e a evolução da consciência humana durante toda uma era. Sua principal função é sinalizar que determinadas atitudes, ações e reações geram eventos e estes trazem consigo consequências.

Portanto, ao entendermos a interação entre estes,  temos a liberdade da escolha:  conhecendo o passado, mudamos o presente e capacitamos em consciência elevada para a era de ouro.


 “Ao final de uma era em que os monumentos e instituições do tempo foram criados a parir do egocentrismo materialista, os homens transformam-se em macacos e deixam suas vidas de evolução entre as ruínas de seus próprios monumentos Mitologia Maia


mais informações sobre os Maias e 2012: http://terraagora2012.blogspot.com/



2010 Gente é ...


copyright© eleven fotoart by Zoia & Manu - all rights reserved


"Brilhar pra sempre
Brilhar como um farol
Brilhar com brilho eterno
Gente é pra brilhar
Que tudo mais vá pro inferno
Este é meu slogan
E do Sol"


(Wladimir Maiakóvski)

pra "GENTE"  em 2010







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desligar pensamentos negativos


Anelo


Só aos sábios o reveles
Pois o vulgo zomba logo:
Quero louvar o vivente
Que aspira à morte no fogo

Na noite – em que te geraram,
Em que geraste – sentiste,
Se calma a luz que alumiava,
Um desconforto bem triste.

Não sofres ficar nas trevas
Onde a sombra se condensa.
E te fascina o desejo
De comunhão mais intensa.

Não te detêm as distâncias,
Ó mariposa! E nas tardes,
Ávida de luz e chama,
Voa para a luz em que ardes.

"Morre e transmuta-te": enquanto
Não cumpres esse destino,
És sobre a terra sombria
Qual sombrio peregrino.

Como vem da cana o sumo
Que os paladares adoça,
Flua assim da minha pena,
Flua o amor o quanto possa.



Johann von Goethe

Tradução de Manuel Bandeira







estação desconectada

por yehuda berg





Os pensamentos não se originam na matéria física do cérebro. O cérebro é somente um rádio que transmite pensamentos para a mente racional.



De onde vem, então, a transmissão?



Existem duas fontes diferentes – a força da Luz e a força escura, segundo os estudos realizados pela cabala. Ela nos ensina que são como duas estações transmissoras distintas que ficam no ar 24 horas por dia!



Aqui está o verdadeiro problema: a força escura do ego tem controle das ondas da nossa mente. Em tempo integral, no volume máximo, pensamentos negativos e egocêntricos dominam nossa mente . Esta força escura é a fonte de todos os nossos medos e dúvidas. Comparando, os pensamentos que vem a nós da Luz mal podem ser percebidos. É somente quando conseguimos tirar de sintonia o sinal transmitido pela força escura que podemos ouvir a voz baixa da nossa própria alma.



Pensamentos recorrentes incluem incerteza, preocupação constante, temor e medo excessivos ao ponto em que somos tomados pela ansiedade. Pensamentos negativos incluem também as coisas terríveis que pensamos a respeito de outras pessoas quando elas nos irritam. Ou os julgamentos severos que desejamos aos outros quando sentimos inveja.



O comportamento obsessivo-compulsivo também se inicia com idéias negativas incontroláveis. Desligar nossos processos mentais negativos liberta a mente e automaticamente contém o comportamento obsessivo.



Um coração frio é uma abertura para uma invasão de pensamentos prejudiciais e improdutivos. Quando nosso coração fica aberto e caloroso, selamos essas aberturas de uma vez por todas.










sincronicidade



"O sábio lê livros, e lê também a vida. O universo é um grande livro e a vida é uma grande escola."




as coincidências que desafiam o acaso



por Hans Manfred Heuer




O psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) e o físico laureado com o prêmio Nobel Wolfgang Pauli (1900-1958) introduziram na psicologia o conceito de “sincronicidade” para ocorrências de acontecimentos acausais simultâneos, ligados por um sentido comum, tanto na natureza como na psique (acasos inevitáveis, fenômenos psi, etc.).

Quem nunca ouviu falar do acúmulo casual de acontecimentos importantes, muitas vezes dramáticos em certas datas, ou em determinado ano para muitas famílias ? Não é como se o destino às vezes “insistisse em escolher” determinados lugares e datas para acontecimentos semelhantes? É o caso dos exemplos que se seguem:

“Na semana passada, nas proximidades de Fürstenwalde, um motociclista foi apanhado pela locomotiva de um trem e arrastado para a morte. Há seis anos, a mãe da vítima perdeu a vida da mesma forma e quase no mesmo local. Como revelou a pesquisa, tratava-se da mesma locomotiva e do mesmo condutor, sem que este tivesse a menor culpa disso.” -

Trata-se de uma antiga notícia de jornal, cuja data não pode mais ser precisada - basta ler o jornal com atenção para encontrar, quase que diariamente, notícias semelhantes.

Seguem alguns casos especialmente marcantes:

“O destino, muitas vezes, segue caminhos estranhos. Assim ele determinou que dois moradores de Fautenbach em Achern-in-Baden (seus pais eram irmãos e eles também eram vizinhos) não só fossem internados no hospital no mesmo dia, como também que ambos morressem no mesmo dia e fossem levados para sua última morada sexta-feira passada.” (Do Badische Neueste Nachrichten de 10/4/1972. )

“Estranhos casos de morte assolaram na semana passada uma família de Ichenheim, distrito de Lahr. Com 61 anos de idade, Emma Nautascher faleceu depois de breve enfermidade. Sua irmã Maria, com quem viveu por muitos anos, seguiu-a, três dias depois, com 77 anos. E quase na mesma hora morria a terceira irmã Anna Blasi, nascida Nautascher, com 64 anos, no hospital, vítima de derrame cerebral.” (Do Acher-und Büh- ler Bote de 11/7/1972.)

Tragicamente interessante em todos esses casos é a relação familiar, que muitas vezes desempenha um papel, como mostra o caso seguinte:

“Na mesma semana os irmãos da rainha Sílvia da Suécia foram seriamente acidentados. Ambos, Jorg Sommerlath, de 36 anos, e Ralf Sommerlath, de 48, tiveram um acidente automobilístico em lugares distintos...” (Bild, l/12/1977.)

O médico dr. Wilhelm Fliess (1858-1928) - que defende em sua (amplamente discutível) “teoria dos períodos” a opinião de que “as ondas periódicas, que atravessam nosso corpo, determinando sua vida e bem-estar, doença e morte, não dizem respeito apenas ao indivíduo isolado, mas atravessam ao mesmo tempo toda a geração que tem o mesmo sangue . . .” - esclarece com suas descobertas, entretanto, apenas uma parte das estranhas “duplicidades” determinadas pela consangüinidade, como as que se manifestam nos exemplos citados, justamente as coincidências de casos de doença e morte na mesma família. Esses exemplos, no entanto, também estão submetidos àquela força de atração misteriosa, quase mágica, que se encontra nos casos de “duplicidade” ou sincronicidade, cuja atuação é muito mais ampla, já que não se limita à consangüinidade.

Mesmo assim, queremos acrescentar aqui mais um exemplo, que se encaixa na “teoria dos períodos”, por se tratar de algo bastante raro. Na primavera de 1960, a revista Schweizer Illustrierte publicou a foto de uma “família bissexto”, acompanhada do seguinte texto:

“A cegonha da família sueca Berggren, de Charlottenberg, tem tido o capricho de por três gerações aparecer pontualmente no dia 29 de fevereiro. O avô Goran Berggren, seu filho Gosta e a esposa deste, Britta, nasceram todos num dia bissexto, e agora sua filhinha também nasceu no dia 29 de fevereiro deste ano. Os Berggren desafiam qualquer família da Europa a bater seu recorde - o que, sem dúvida, é bastante difícil.”

Wilhem von Scholz descreve um exemplo oposto: “O médico L. Th. (de Württemberg) atendeu em 1924 dois casos de extraordinária coincidência. Casos duplos de doença ou morte já eram há muito conhecidos na clínica, mas dessa vez o jogo do destino foi mais longe. Duas crianças foram a seu consultório. Ambas chamadas Helmut Haller, os dois pais chamados Wilhelm Haller, ambas nascidas em junho de 1921, ambas com a mesma moléstia (bronquite), ambas internadas ao mesmo tempo, os dois pais trabalhando no mesmo setor. As duas crianças eram loiras, de olhos azuis e de temperamento bem incomum.

“As famílias eram provenientes de regiões distintas, não tinham nenhum parentesco e não se conheciam até o momento (pelo menos as mães). Os pais só ouviram falar um do outro no local de trabalho.

“Um funcionário de confiança visitou as duas famílias, residentes em Z., em lugares opostos. Seu relatório:

“Helmut Haller, rua B número 72, em Z., nascido a 8 de junho de 1921. Não há ninguém mais na família com o nome de Helmut.

“Helmut Haller, rua A número 115, em Z., nascido a 27 de Junho de 1921. Não há mais ninguém na família com o nome de Helmut.

“Em Z. existem sete médicos. Os meninos Helmut Haller devem ser as únicas pessoas da Terra que nasceram no mesmo mês do mesmo ano e cujos pais se chamam Wilhelm Haller. E exatamente esse ‘par’ veio parar em Z., proveniente de lugares distintos, sem que as duas famílias jamais se tivessem conhecido, vindo a ser tratado no mesmo mês pelo mesmo médico, da mesma doença, enquanto os pais se empregavam na mesma oficina.

“A semelhança no preenchimento das fichas dos doentes onde são anotados nome e sobrenome, ano e mês de nascimento das crianças, nome e sobrenome do pai, doença e seguro de doença (também o mesmo) e data de tratamento - levou o médico a acreditar que preenchera duas vezes a mesma ficha. Da mesma forma, o caixa desculpava-se por um suposto erro cometido.”

Embora esses casos devam ser vistos como raridades, estou convencido de que uma pesquisa sistemática e intensiva nesse domínio traria à luz outras raridades, pois a natureza se compraz com tais “extravagâncias’, como se quisesse nos mostrar do que é capaz, deixando-nos às voltas com enigmas.

Mesmo que alguns casos de “duplicidade” se encontrem separados no tempo, devem ser vistos nesse contexto, como o demonstram os exemplos seguintes, que têm apenas uma coisa em comum: a “predileção” do destino por um nome especial . . .

No dia 5 de dezembro de 1664, o navio inglês “Menay” naufragou em Pas de Calais em meio a uma tempestade. Dos 81 passageiros salvou-se apenas um, um certo Hug Williams.

No dia 5 de dezembro de 1785, uma escuna foi atirada por um temporal às costas da ilha Man. Sessenta pessoas estavam a bordo e todas se afogaram, com exceção de uma. O sobrevivente se chamava Hug Williams.

A 5 de agosto de 1820 um vapor de passageiro chocou-se com um rebocador no rio Tamisa. Vinte e cinco passageiros, em sua maioria crianças por volta de 12 anos, perderam a vida nesse acidente. Apenas o pequeno Hug Williams, que embarcara em Londres para visitar Liverpool, foi levado para terra com vida.

A 19 de agosto de 1889, um cargueiro de carvão sofreu um naufrágio. Sua triputação de nove homens encontrou a morte. Apenas dois, tio e sobrinho, ambos de nome Hug Williams, sobreviveram, sendo salvos por pescadores.

Casos de duplicidade, sincronicidade - simultaneidade de acontecimentos com pessoas e lugares e em relação com nomes, números e datas -, podem ser acrescentados aqui à vontade. Cada um de nós já se defrontou alguma vez com experiências desse tipo, seja pessoalmente ou por intermédio de pessoas da família, amigos ou vizinhos. Como sobre todos os fenômenos ainda não bem esclarecidos, são muitas as opiniões a respeito da “duplicidade de acontecimentos” da simultaneidade de fatos semelhantes.

O materialista dirá que não passam de disposições fortuitas de acontecimentos, de “caprichos do destino”. O crente irá aceitá-las como vontade de Deus, o cientista irá vê-las no contexto das leis de causa e efeito, o filósofo, de acordo com sua visão de mundo.

Uma coisa parece certa: em fatos humanos atua um certo magnetismo. Existe uma força de atração que produz tudo aquilo que chamamos “acaso” (inclusive sob forma de duplicidade de acontecimentos). Entretanto, essa força de atração, como podemos observar em casos raros, não é naturalmente a única força motora de nossa existência humana, embora atue misteriosamente em toda parte. Ela é algo “acrescentado “ .

Vamos partir do princípio de que existem forcas que se delineiam claramente diante da razão, que atuam de forma conseqüente e que não têm nada de misterioso em si. Essa chamada força de atração, contudo, se esquiva a qualquer cálculo e controle da vontade; pelo contrário, é prejudicada pela consciência, pois se oculta da razão, não parece atuar de forma, conseqüente, mas surge de forma repentina e imprevista de uma relação de início invisível. Ela aparece como algo estranho, que vem de fora. Nisso se encontra sua relação com o destino. Também o destino, na acepção lata do termo, é algo estranho e que vem de fora. É aquilo que , independente da marcha desejada e prevista das coisas, irrompe do exterior, exigindo, ou muitas vezes impedindo, de forma decisiva.

Em seu texto sobre “A Aparente Intencionalidade no Destino do Indivíduo”, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) afirma que tudo é duvidoso, não só a solução como até mesmo o problema. Segundo ele, trata-se de andar tateando no escuro, onde se percebe que há alguma coisa, sem que se possa saber bem o que nem onde. Mas em seguida ele postula, em uma observação filosófico-metafisica, uma necessidade rígida, pela qual tudo que acontece é produto de uma cadeia causal coesa, e menciona os videntes e profetas como “prova empírica” de que em cada momento existente estão contidos em germe todos os momentos futuros do mundo com todos os seus milhões de particularidades.

Se se quer denominar o destino de unidade última de acaso e necessidade íntima, é preciso supor que as vítimas da “duplicidade de acontecimentos” - para o bem ou para o mal - conjuraram elas mesmas os incidentes, justamente pela “necessidade íntima”.

Segundo Schopenhauer, “casual” significa o encontro no tempo do que não se liga por causalidade. A essa tese Wilhelm vou Scholz opõe o seguinte: “Nada é absolutamente casual; o mais fortuito é apenas algo necessário que percorreu um caminho mais distante, pois uma causa decisiva situada num ponto remoto da cadeia causal há muito já determinou que ocorresse exatamente agora e com isso ao mesmo tempo que aquilo outro. Cada acontecimento é um elo isolado da corrente de causa e efeito que progride na direção do tempo. Mas existem infinitas correntes dessas paralelas no espaço. Entretanto, elas não são totalmente estranhas e sem vínculos entre si; ao contrário, se entrelaçam de muitas maneiras: por exemplo, muitas causas que atuam nesse momento, produzindo cada uma efeitos diferentes, surgiram de uma mesma causa remota, e por isso são aparentadas como os bisnetos de um bisavô; por outro lado, um único efeito que surge agora exige muitas vezes o concurso de muitas causas distintas, que vêm do passado como elos de suas próprias correntes.

“Por conseguinte”, segue Scholz, “todas as correntes causais que progridem na direção do tempo formam uma grande rede comum entrelaçada, que em toda sua extensão avança no sentido do tempo, constituindo o andar do mundo. Imaginemos agora essas cadeias causais isoladas como meridianos situados no sentido do tempo: a simultaneidade não pode ser indicada na mesma linha causal, e sim por círculos paralelos. Embora fatos situados sob o mesmo círculo não dependam imediatamente um do outro, o entrelaçamento de toda a rede, ou o conjunto de causas e efeitos que avança no sentido do tempo, faz com que tais fatos tenham algum tipo de ligação, ainda que longínqua, e portanto sua simultaneidade é necessária. Aqui, o encontro casual de todas as condições se aproxima de um acontecimento necessário no mais alto sentido: o acontecer daquilo que o destino quis.

Assim, em última conseqüência todos os casos de “duplicidade” ou “sincronicidade” não são de modo algum simples acasos ou brincadeiras da natureza, como muitas vezes somos levados a acreditar, e sim acontecimentos que desde o princípio aguardam seu desempenho, o qual só ocorre quando é dada esta ou aquela condição.

Sem dúvida, resta saber se algum dia conseguiremos captar as relações profundas desses fenômenos, de forma que seja possível, partindo de “hipóteses de trabalho” ou “modelos de pensamento”, chegar a um conhecimento Claro da regularidade e da previsibilidade dos acontecimentos do destino.





Fonte
: Grupo de Estudos Cinturão de Fotons - Texto extraído da Revista Planeta Número 156, Setembro de 1985





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a repressão cria o inconsciente.




"Não estou aqui para convencê-los sobre coisa alguma. Não estou aqui para lhes dar um dogma, uma crença para viver. Estou aqui para tirar todas as crenças de vocês porque somente assim a vida acontecerá a vocês. Não estou dando algo para que vocês vivam através disso, estou simplesmente tirando todas as escoras de vocês, todas as muletas."

Exponha-se...

Osho



“... Se você conseguir expor-se religiosamente, não na privacidade, não com seu psicanalista, mas simplesmente em todos os seus relacionamentos... Isto é autopsicanálise. Isso é vinte quatro horas de psicanálise, todos os dias. Isso é psicanálise em todo tipo de situação: com a esposa, com o amigo, com os parentes, com o inimigo, com o estranho, com o chefe, com o seu funcionário. Por vinte e quatro horas você está se relacionando.

Se você continuar se expondo... No começo vai ser realmente muito assustador, mas logo você começará a ganhar força porque uma vez que a verdade é exposta, ela se torna mais forte e a não verdade morre. E com a verdade tornando-se mais forte, você se tornará mais enraizado e centrado. Você começa a se tornar um indivíduo. A personalidade desaparece e o indivíduo aparece.

A personalidade é falsa e a individualidade é substancial. A personalidade é simplesmente uma fachada e a individualidade é a sua verdade. A personalidade lhe é imposta de fora, é uma persona, uma máscara. A individualidade é a sua realidade, ela é como Deus a fez. A personalidade é uma sofisticação social, um polimento social. A individualidade é crua, selvagem, forte e com tremendo poder.

... Uma vez que você esteja pronto, corajoso e desafiador; uma vez que você tenha experimentado a liberdade da verdade, a liberdade de expor a sua realidade, você poderá seguir por si mesmo. Você conseguirá ser uma luz para si mesmo.

Mas o medo é natural porque desde o início da infância, lhe foram ensinadas falsidades, e você se tornou tão identificado com o falso que abandoná-lo quase parece cometer suicídio. E o medo surge porque uma grande crise de identidade aparece.

... O medo é natural. Não o condene e não sinta que ele é algo errado. Ele é apenas parte de toda essa educação social. Nós temos que aceitá-lo e ir além dele. Sem condená-lo, nós temos que ir além dele.

Exponha pouco a pouco, não há qualquer necessidade de você dar saltos que você não possa administrar. Vá passo a passo, gradualmente. Mas logo você irá descobrir o sabor da verdade.

... A repressão cria o inconsciente. Quanto mais reprimido você for, maior o inconsciente que você tem. O que na verdade é o inconsciente? Ele é aquela parte de sua mente que fica de lado, é aquela parte de sua casa onde você nunca vai, o porão. Você vai atirando ali todo tipo de coisas e nunca você vai lá. (...)

O inconsciente é uma criação da civilização. Quanto mais civilizado você for, mais inconsciente você será. Se você for absolutamente civilizado, você será um robô, você será absolutamente inconsciente. Isso é o que está acontecendo. Esta calamidade está acontecendo em todo o mundo. Isso tem que parar. E a única maneira de parar isso é ajudando as pessoas a colocar para fora os seus inconscientes nas meditações. Exponha-se. Isso será um alívio...”



(OSHO - The Guest)



Cristo Cósmico em mim reverência Cristo Cósmico em Ti.

Foto Manuel Lücht
Imagem e Arte Zoia Petrow
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