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" Você esta aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele.

Veja como você é importante! "

Eckhart Tolle


Arrisque... o risco é a unica maneira de você saber se está "realmente" Vivo!!!

Zoia Petrow








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2010 Gente é ...


copyright© eleven fotoart by Zoia & Manu - all rights reserved


"Brilhar pra sempre
Brilhar como um farol
Brilhar com brilho eterno
Gente é pra brilhar
Que tudo mais vá pro inferno
Este é meu slogan
E do Sol"


(Wladimir Maiakóvski)

pra "GENTE"  em 2010







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desligar pensamentos negativos


Anelo


Só aos sábios o reveles
Pois o vulgo zomba logo:
Quero louvar o vivente
Que aspira à morte no fogo

Na noite – em que te geraram,
Em que geraste – sentiste,
Se calma a luz que alumiava,
Um desconforto bem triste.

Não sofres ficar nas trevas
Onde a sombra se condensa.
E te fascina o desejo
De comunhão mais intensa.

Não te detêm as distâncias,
Ó mariposa! E nas tardes,
Ávida de luz e chama,
Voa para a luz em que ardes.

"Morre e transmuta-te": enquanto
Não cumpres esse destino,
És sobre a terra sombria
Qual sombrio peregrino.

Como vem da cana o sumo
Que os paladares adoça,
Flua assim da minha pena,
Flua o amor o quanto possa.



Johann von Goethe

Tradução de Manuel Bandeira







estação desconectada

por yehuda berg





Os pensamentos não se originam na matéria física do cérebro. O cérebro é somente um rádio que transmite pensamentos para a mente racional.



De onde vem, então, a transmissão?



Existem duas fontes diferentes – a força da Luz e a força escura, segundo os estudos realizados pela cabala. Ela nos ensina que são como duas estações transmissoras distintas que ficam no ar 24 horas por dia!



Aqui está o verdadeiro problema: a força escura do ego tem controle das ondas da nossa mente. Em tempo integral, no volume máximo, pensamentos negativos e egocêntricos dominam nossa mente . Esta força escura é a fonte de todos os nossos medos e dúvidas. Comparando, os pensamentos que vem a nós da Luz mal podem ser percebidos. É somente quando conseguimos tirar de sintonia o sinal transmitido pela força escura que podemos ouvir a voz baixa da nossa própria alma.



Pensamentos recorrentes incluem incerteza, preocupação constante, temor e medo excessivos ao ponto em que somos tomados pela ansiedade. Pensamentos negativos incluem também as coisas terríveis que pensamos a respeito de outras pessoas quando elas nos irritam. Ou os julgamentos severos que desejamos aos outros quando sentimos inveja.



O comportamento obsessivo-compulsivo também se inicia com idéias negativas incontroláveis. Desligar nossos processos mentais negativos liberta a mente e automaticamente contém o comportamento obsessivo.



Um coração frio é uma abertura para uma invasão de pensamentos prejudiciais e improdutivos. Quando nosso coração fica aberto e caloroso, selamos essas aberturas de uma vez por todas.










sincronicidade



"O sábio lê livros, e lê também a vida. O universo é um grande livro e a vida é uma grande escola."




as coincidências que desafiam o acaso



por Hans Manfred Heuer




O psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) e o físico laureado com o prêmio Nobel Wolfgang Pauli (1900-1958) introduziram na psicologia o conceito de “sincronicidade” para ocorrências de acontecimentos acausais simultâneos, ligados por um sentido comum, tanto na natureza como na psique (acasos inevitáveis, fenômenos psi, etc.).

Quem nunca ouviu falar do acúmulo casual de acontecimentos importantes, muitas vezes dramáticos em certas datas, ou em determinado ano para muitas famílias ? Não é como se o destino às vezes “insistisse em escolher” determinados lugares e datas para acontecimentos semelhantes? É o caso dos exemplos que se seguem:

“Na semana passada, nas proximidades de Fürstenwalde, um motociclista foi apanhado pela locomotiva de um trem e arrastado para a morte. Há seis anos, a mãe da vítima perdeu a vida da mesma forma e quase no mesmo local. Como revelou a pesquisa, tratava-se da mesma locomotiva e do mesmo condutor, sem que este tivesse a menor culpa disso.” -

Trata-se de uma antiga notícia de jornal, cuja data não pode mais ser precisada - basta ler o jornal com atenção para encontrar, quase que diariamente, notícias semelhantes.

Seguem alguns casos especialmente marcantes:

“O destino, muitas vezes, segue caminhos estranhos. Assim ele determinou que dois moradores de Fautenbach em Achern-in-Baden (seus pais eram irmãos e eles também eram vizinhos) não só fossem internados no hospital no mesmo dia, como também que ambos morressem no mesmo dia e fossem levados para sua última morada sexta-feira passada.” (Do Badische Neueste Nachrichten de 10/4/1972. )

“Estranhos casos de morte assolaram na semana passada uma família de Ichenheim, distrito de Lahr. Com 61 anos de idade, Emma Nautascher faleceu depois de breve enfermidade. Sua irmã Maria, com quem viveu por muitos anos, seguiu-a, três dias depois, com 77 anos. E quase na mesma hora morria a terceira irmã Anna Blasi, nascida Nautascher, com 64 anos, no hospital, vítima de derrame cerebral.” (Do Acher-und Büh- ler Bote de 11/7/1972.)

Tragicamente interessante em todos esses casos é a relação familiar, que muitas vezes desempenha um papel, como mostra o caso seguinte:

“Na mesma semana os irmãos da rainha Sílvia da Suécia foram seriamente acidentados. Ambos, Jorg Sommerlath, de 36 anos, e Ralf Sommerlath, de 48, tiveram um acidente automobilístico em lugares distintos...” (Bild, l/12/1977.)

O médico dr. Wilhelm Fliess (1858-1928) - que defende em sua (amplamente discutível) “teoria dos períodos” a opinião de que “as ondas periódicas, que atravessam nosso corpo, determinando sua vida e bem-estar, doença e morte, não dizem respeito apenas ao indivíduo isolado, mas atravessam ao mesmo tempo toda a geração que tem o mesmo sangue . . .” - esclarece com suas descobertas, entretanto, apenas uma parte das estranhas “duplicidades” determinadas pela consangüinidade, como as que se manifestam nos exemplos citados, justamente as coincidências de casos de doença e morte na mesma família. Esses exemplos, no entanto, também estão submetidos àquela força de atração misteriosa, quase mágica, que se encontra nos casos de “duplicidade” ou sincronicidade, cuja atuação é muito mais ampla, já que não se limita à consangüinidade.

Mesmo assim, queremos acrescentar aqui mais um exemplo, que se encaixa na “teoria dos períodos”, por se tratar de algo bastante raro. Na primavera de 1960, a revista Schweizer Illustrierte publicou a foto de uma “família bissexto”, acompanhada do seguinte texto:

“A cegonha da família sueca Berggren, de Charlottenberg, tem tido o capricho de por três gerações aparecer pontualmente no dia 29 de fevereiro. O avô Goran Berggren, seu filho Gosta e a esposa deste, Britta, nasceram todos num dia bissexto, e agora sua filhinha também nasceu no dia 29 de fevereiro deste ano. Os Berggren desafiam qualquer família da Europa a bater seu recorde - o que, sem dúvida, é bastante difícil.”

Wilhem von Scholz descreve um exemplo oposto: “O médico L. Th. (de Württemberg) atendeu em 1924 dois casos de extraordinária coincidência. Casos duplos de doença ou morte já eram há muito conhecidos na clínica, mas dessa vez o jogo do destino foi mais longe. Duas crianças foram a seu consultório. Ambas chamadas Helmut Haller, os dois pais chamados Wilhelm Haller, ambas nascidas em junho de 1921, ambas com a mesma moléstia (bronquite), ambas internadas ao mesmo tempo, os dois pais trabalhando no mesmo setor. As duas crianças eram loiras, de olhos azuis e de temperamento bem incomum.

“As famílias eram provenientes de regiões distintas, não tinham nenhum parentesco e não se conheciam até o momento (pelo menos as mães). Os pais só ouviram falar um do outro no local de trabalho.

“Um funcionário de confiança visitou as duas famílias, residentes em Z., em lugares opostos. Seu relatório:

“Helmut Haller, rua B número 72, em Z., nascido a 8 de junho de 1921. Não há ninguém mais na família com o nome de Helmut.

“Helmut Haller, rua A número 115, em Z., nascido a 27 de Junho de 1921. Não há mais ninguém na família com o nome de Helmut.

“Em Z. existem sete médicos. Os meninos Helmut Haller devem ser as únicas pessoas da Terra que nasceram no mesmo mês do mesmo ano e cujos pais se chamam Wilhelm Haller. E exatamente esse ‘par’ veio parar em Z., proveniente de lugares distintos, sem que as duas famílias jamais se tivessem conhecido, vindo a ser tratado no mesmo mês pelo mesmo médico, da mesma doença, enquanto os pais se empregavam na mesma oficina.

“A semelhança no preenchimento das fichas dos doentes onde são anotados nome e sobrenome, ano e mês de nascimento das crianças, nome e sobrenome do pai, doença e seguro de doença (também o mesmo) e data de tratamento - levou o médico a acreditar que preenchera duas vezes a mesma ficha. Da mesma forma, o caixa desculpava-se por um suposto erro cometido.”

Embora esses casos devam ser vistos como raridades, estou convencido de que uma pesquisa sistemática e intensiva nesse domínio traria à luz outras raridades, pois a natureza se compraz com tais “extravagâncias’, como se quisesse nos mostrar do que é capaz, deixando-nos às voltas com enigmas.

Mesmo que alguns casos de “duplicidade” se encontrem separados no tempo, devem ser vistos nesse contexto, como o demonstram os exemplos seguintes, que têm apenas uma coisa em comum: a “predileção” do destino por um nome especial . . .

No dia 5 de dezembro de 1664, o navio inglês “Menay” naufragou em Pas de Calais em meio a uma tempestade. Dos 81 passageiros salvou-se apenas um, um certo Hug Williams.

No dia 5 de dezembro de 1785, uma escuna foi atirada por um temporal às costas da ilha Man. Sessenta pessoas estavam a bordo e todas se afogaram, com exceção de uma. O sobrevivente se chamava Hug Williams.

A 5 de agosto de 1820 um vapor de passageiro chocou-se com um rebocador no rio Tamisa. Vinte e cinco passageiros, em sua maioria crianças por volta de 12 anos, perderam a vida nesse acidente. Apenas o pequeno Hug Williams, que embarcara em Londres para visitar Liverpool, foi levado para terra com vida.

A 19 de agosto de 1889, um cargueiro de carvão sofreu um naufrágio. Sua triputação de nove homens encontrou a morte. Apenas dois, tio e sobrinho, ambos de nome Hug Williams, sobreviveram, sendo salvos por pescadores.

Casos de duplicidade, sincronicidade - simultaneidade de acontecimentos com pessoas e lugares e em relação com nomes, números e datas -, podem ser acrescentados aqui à vontade. Cada um de nós já se defrontou alguma vez com experiências desse tipo, seja pessoalmente ou por intermédio de pessoas da família, amigos ou vizinhos. Como sobre todos os fenômenos ainda não bem esclarecidos, são muitas as opiniões a respeito da “duplicidade de acontecimentos” da simultaneidade de fatos semelhantes.

O materialista dirá que não passam de disposições fortuitas de acontecimentos, de “caprichos do destino”. O crente irá aceitá-las como vontade de Deus, o cientista irá vê-las no contexto das leis de causa e efeito, o filósofo, de acordo com sua visão de mundo.

Uma coisa parece certa: em fatos humanos atua um certo magnetismo. Existe uma força de atração que produz tudo aquilo que chamamos “acaso” (inclusive sob forma de duplicidade de acontecimentos). Entretanto, essa força de atração, como podemos observar em casos raros, não é naturalmente a única força motora de nossa existência humana, embora atue misteriosamente em toda parte. Ela é algo “acrescentado “ .

Vamos partir do princípio de que existem forcas que se delineiam claramente diante da razão, que atuam de forma conseqüente e que não têm nada de misterioso em si. Essa chamada força de atração, contudo, se esquiva a qualquer cálculo e controle da vontade; pelo contrário, é prejudicada pela consciência, pois se oculta da razão, não parece atuar de forma, conseqüente, mas surge de forma repentina e imprevista de uma relação de início invisível. Ela aparece como algo estranho, que vem de fora. Nisso se encontra sua relação com o destino. Também o destino, na acepção lata do termo, é algo estranho e que vem de fora. É aquilo que , independente da marcha desejada e prevista das coisas, irrompe do exterior, exigindo, ou muitas vezes impedindo, de forma decisiva.

Em seu texto sobre “A Aparente Intencionalidade no Destino do Indivíduo”, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) afirma que tudo é duvidoso, não só a solução como até mesmo o problema. Segundo ele, trata-se de andar tateando no escuro, onde se percebe que há alguma coisa, sem que se possa saber bem o que nem onde. Mas em seguida ele postula, em uma observação filosófico-metafisica, uma necessidade rígida, pela qual tudo que acontece é produto de uma cadeia causal coesa, e menciona os videntes e profetas como “prova empírica” de que em cada momento existente estão contidos em germe todos os momentos futuros do mundo com todos os seus milhões de particularidades.

Se se quer denominar o destino de unidade última de acaso e necessidade íntima, é preciso supor que as vítimas da “duplicidade de acontecimentos” - para o bem ou para o mal - conjuraram elas mesmas os incidentes, justamente pela “necessidade íntima”.

Segundo Schopenhauer, “casual” significa o encontro no tempo do que não se liga por causalidade. A essa tese Wilhelm vou Scholz opõe o seguinte: “Nada é absolutamente casual; o mais fortuito é apenas algo necessário que percorreu um caminho mais distante, pois uma causa decisiva situada num ponto remoto da cadeia causal há muito já determinou que ocorresse exatamente agora e com isso ao mesmo tempo que aquilo outro. Cada acontecimento é um elo isolado da corrente de causa e efeito que progride na direção do tempo. Mas existem infinitas correntes dessas paralelas no espaço. Entretanto, elas não são totalmente estranhas e sem vínculos entre si; ao contrário, se entrelaçam de muitas maneiras: por exemplo, muitas causas que atuam nesse momento, produzindo cada uma efeitos diferentes, surgiram de uma mesma causa remota, e por isso são aparentadas como os bisnetos de um bisavô; por outro lado, um único efeito que surge agora exige muitas vezes o concurso de muitas causas distintas, que vêm do passado como elos de suas próprias correntes.

“Por conseguinte”, segue Scholz, “todas as correntes causais que progridem na direção do tempo formam uma grande rede comum entrelaçada, que em toda sua extensão avança no sentido do tempo, constituindo o andar do mundo. Imaginemos agora essas cadeias causais isoladas como meridianos situados no sentido do tempo: a simultaneidade não pode ser indicada na mesma linha causal, e sim por círculos paralelos. Embora fatos situados sob o mesmo círculo não dependam imediatamente um do outro, o entrelaçamento de toda a rede, ou o conjunto de causas e efeitos que avança no sentido do tempo, faz com que tais fatos tenham algum tipo de ligação, ainda que longínqua, e portanto sua simultaneidade é necessária. Aqui, o encontro casual de todas as condições se aproxima de um acontecimento necessário no mais alto sentido: o acontecer daquilo que o destino quis.

Assim, em última conseqüência todos os casos de “duplicidade” ou “sincronicidade” não são de modo algum simples acasos ou brincadeiras da natureza, como muitas vezes somos levados a acreditar, e sim acontecimentos que desde o princípio aguardam seu desempenho, o qual só ocorre quando é dada esta ou aquela condição.

Sem dúvida, resta saber se algum dia conseguiremos captar as relações profundas desses fenômenos, de forma que seja possível, partindo de “hipóteses de trabalho” ou “modelos de pensamento”, chegar a um conhecimento Claro da regularidade e da previsibilidade dos acontecimentos do destino.





Fonte
: Grupo de Estudos Cinturão de Fotons - Texto extraído da Revista Planeta Número 156, Setembro de 1985





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a repressão cria o inconsciente.




"Não estou aqui para convencê-los sobre coisa alguma. Não estou aqui para lhes dar um dogma, uma crença para viver. Estou aqui para tirar todas as crenças de vocês porque somente assim a vida acontecerá a vocês. Não estou dando algo para que vocês vivam através disso, estou simplesmente tirando todas as escoras de vocês, todas as muletas."

Exponha-se...

Osho



“... Se você conseguir expor-se religiosamente, não na privacidade, não com seu psicanalista, mas simplesmente em todos os seus relacionamentos... Isto é autopsicanálise. Isso é vinte quatro horas de psicanálise, todos os dias. Isso é psicanálise em todo tipo de situação: com a esposa, com o amigo, com os parentes, com o inimigo, com o estranho, com o chefe, com o seu funcionário. Por vinte e quatro horas você está se relacionando.

Se você continuar se expondo... No começo vai ser realmente muito assustador, mas logo você começará a ganhar força porque uma vez que a verdade é exposta, ela se torna mais forte e a não verdade morre. E com a verdade tornando-se mais forte, você se tornará mais enraizado e centrado. Você começa a se tornar um indivíduo. A personalidade desaparece e o indivíduo aparece.

A personalidade é falsa e a individualidade é substancial. A personalidade é simplesmente uma fachada e a individualidade é a sua verdade. A personalidade lhe é imposta de fora, é uma persona, uma máscara. A individualidade é a sua realidade, ela é como Deus a fez. A personalidade é uma sofisticação social, um polimento social. A individualidade é crua, selvagem, forte e com tremendo poder.

... Uma vez que você esteja pronto, corajoso e desafiador; uma vez que você tenha experimentado a liberdade da verdade, a liberdade de expor a sua realidade, você poderá seguir por si mesmo. Você conseguirá ser uma luz para si mesmo.

Mas o medo é natural porque desde o início da infância, lhe foram ensinadas falsidades, e você se tornou tão identificado com o falso que abandoná-lo quase parece cometer suicídio. E o medo surge porque uma grande crise de identidade aparece.

... O medo é natural. Não o condene e não sinta que ele é algo errado. Ele é apenas parte de toda essa educação social. Nós temos que aceitá-lo e ir além dele. Sem condená-lo, nós temos que ir além dele.

Exponha pouco a pouco, não há qualquer necessidade de você dar saltos que você não possa administrar. Vá passo a passo, gradualmente. Mas logo você irá descobrir o sabor da verdade.

... A repressão cria o inconsciente. Quanto mais reprimido você for, maior o inconsciente que você tem. O que na verdade é o inconsciente? Ele é aquela parte de sua mente que fica de lado, é aquela parte de sua casa onde você nunca vai, o porão. Você vai atirando ali todo tipo de coisas e nunca você vai lá. (...)

O inconsciente é uma criação da civilização. Quanto mais civilizado você for, mais inconsciente você será. Se você for absolutamente civilizado, você será um robô, você será absolutamente inconsciente. Isso é o que está acontecendo. Esta calamidade está acontecendo em todo o mundo. Isso tem que parar. E a única maneira de parar isso é ajudando as pessoas a colocar para fora os seus inconscientes nas meditações. Exponha-se. Isso será um alívio...”



(OSHO - The Guest)



hiperdimensionalidade parte - II -


4D - Quarta Dimensão


texto e imagens: Dr. Bernardo de Gregório

revisão, atualização, pesquisas, textos e imagens complementares: Zoia Petrow

Fonte: Grupo de estudos Cinturão de Fótons 2004


Na Europa no fim do Século XIX falar sobre a quarta dimensão era tema restrito a determinados círculos sociais. Eventualmente a idéia da quarta dimensão cruzou o Atlântico e veio aos Estados Unidos. O introdutor principal de todas as idéias quadridimensionais foi um matemático inglês nomeado Charles Hinton. Hinton gastou sua vida obcecado pela noção de popularizar e de visualizar a quarta dimensão. Em 1885, foi preso por bigamia na Inglaterra, por três dias. Logo em seguida, viajou para o Japão, eventualmente terminando nos E. U. em 1893.

Hinton quis criar nomes para as direções e sentidos da quarta dimensão, assim como existem na terceira:


‘para frente” e ‘para trás’

‘esquerda’ e ‘direita’

‘para cima’ e ‘para baixo’


As palavras correspondentes para a quarta dimensão eram “Ana” e “Kata”. Desta forma, se você fosse no sentido do ana na quarta dimensão então você estava indo no sentido oposto de alguém que fosse no sentido do kata.

Hinton foi também a pessoa que pensou o nome para o hipercubo quadridimensional. Chamou-o de “Tesseract”. Este hipercubo é a generalização do cubo tridimensional. Todos seus lados devem ter o mesmo comprimento.

O estudo dos politopos é um ótimo exercício para ampliar nossa visão 4D. Vamos agora utilizar as analogias para prever o número de vértices, arestas,
faces e células do hipercubo (4D) e apresentar algumas fórmulas matemáticas para calcular o número de elementos dos politopos ortogonais, que são os análogos do cubo na escada das dimensões.

9.1

A figura 9.1 mostra como é simples encontrar o número de vértices de qualquer politopo ortogonal. Já vimos que o ponto, o segmento (de reta) e o quadrado são os análogos do cubo nos degraus inferiores da escada. Vamos começar com o "cubo" 0D (zero dimensão), que é o ponto. Ele tem somente 1 vértice. Quando ele é deslocado na primeira direção (para a direita), cria o "cubo" 1D (segmento), que tem 2 vértices. Quando o "cubo" 1D é deslocado na segunda direção (para trás), cria o "cubo" 2D (quadrado), que tem 4 vértices. Quando o "cubo" 2D é deslocado na terceira direção (para cima), cria o cubo 3D (o nosso cubo comum), que tem 8 vértices. Assim, seguindo a lógica, quando o cubo for deslocado na quarta direção, ele criará o hipercubo ("cubo" 4D), que é um politopo de 16 vértices.

Você deve ter notado, pela seqüência acima, que nós dobramos o número de vértices a cada degrau que subimos na escada dimensional, porque cada vértice deslocado cria mais um vértice ao final do percurso. Como regra geral, se o número de dimensões de um politopo ortogonal for n, seu número de vértices será 2n.

Vamos agora pensar sobre o número de arestas. No lado esquerdo da figura 9.2, partimos de um "cubo" 1D (segmento), que tem 1 aresta e 2 vértices. Quando ele é deslocado para trás, sua única aresta (verde) cria uma nova aresta (vermelha) ao final do percurso. Porém, cada um de seus 2 vértices gera uma nova aresta (roxa) quando se desloca. O resultado é o "cubo 2D" (quadrado), que tem 4 arestas e 4 vértices.
9.2

Vamos partir agora do "cubo" 2D (quadrado), no lado direito da figura 9.2. Quando ele é deslocado para cima, suas 4 arestas (verdes) criam mais 4 arestas (vermelhas) ao final do percurso. Porém, cada um de seus 4 vértices gera uma nova aresta (roxa) quando se desloca. O resultado é o cubo comum (3D), que tem 12 arestas e 8 vértices.

Usando o mesmo raciocínio, podemos apenas imaginar (sem figura) que vamos agora partir do cubo. Quando ele é deslocado na quarta direção, suas 12 arestas (verdes) criam mais 12 arestas (vermelhas) ao final do percurso. Porém, cada um de seus 8 vértices gera uma nova aresta (roxa) quando se desloca. O resultado é o "cubo" 4D (hipercubo), que tem 32 arestas.

A regra, então, é dobrar o número de arestas de um politopo e somar com o número de seus vértices, para encontrar o número de arestas do politopo do degrau imediatamente superior na escada das dimensões. Mas, nesse estudo, a seqüência dos números de arestas dos politopos ortogonais (1, 4, 12 e 32) não deixa evidente a sua regra de formação. Se você quiser uma fórmula direta, saiba que um politopo ortogonal de n dimensões possui 2n-1n arestas.

O número de faces (quadradas) dos politopos ortogonais pode ser calculado com base em uma regra análoga a essa que vimos para o cálculo do número de arestas. O lado esquerdo da figura 9.3 mostra o "cubo" 2D (quadrado), que tem apenas 1 face (verde). Quando esta se desloca (para cima), vai criar uma nova face (vermelha) ao final do percurso. Porém, cada uma de suas 4 arestas gera uma nova face (roxa) quando se desloca. Desse modo, o cubo (3D) resultante, mostrado com a face frontal aberta, para melhor visualização, fica com 6 faces.

Vamos partir agora do cubo (3D), no lado direito da figura 9.3. Quando ele for deslocado (na quarta direção), cada uma de suas 6 faces (verdes) vai criar uma nova face (vermelha) ao final do percurso. Porém, cada uma de suas 12 arestas vai gerar uma nova face (roxa) quando for deslocada. Assim, conclui-se que o hipercubo (4D) resultante terá um total de 24 faces.

Pode-se ver com isso que dobrando o número de faces de um politopo ortogonal e somando com o seu número de arestas vamos encontrar o número de faces do politopo do degrau imediatamente superior. Se você quiser uma fórmula direta, saiba que um politopo ortogonal de n dimensões possui 2n-3n(n-1) faces quadradas.

Como você já sabe que o hipercubo (4D) é formado por 8 cubos, há um outro modo de calcular o seu número de faces quadradas. Se os cubos que o formam estivessem separados, teríamos um total de 48 faces, porque cada um deles tem 6 faces. Mas, para montar o hipercubo, teremos de colar esses cubos uns nos outros pelas suas faces quadradas. Cada par de faces será colado junto e se transformará em somente 1 face. Portanto, as 48 faces dos cubos separados resultarão em 24 faces no hipercubo, confirmando o resultado a que chegamos antes. Cada face do hipercubo vai pertencer, então, a 2 cubos diferentes (48 / 2 = 24).


De modo semelhante, podemos descobrir outra característica do hipercubo (4D), porque já sabemos que ele tem 32 arestas. Se os 8 cubos que o formam estivessem separados, o total de arestas seria 96, porque cada um deles tem 12. Para que essas 96 arestas possam se transformar em somente 32 no hipercubo, fica claro que cada uma delas deve pertencer a 3 cubos diferentes (96 / 3 = 32).

Da mesma forma, se o hipercubo tem 16 vértices, mas o total de vértices contidos em 8 cubos separados é 64, fica também claro que cada vértice do hipercubo deve pertencer a 4 cubos diferentes (64 / 4 = 16).

Mais um pequeno esforço. Se num segmento cada vértice pertence a 1 aresta, se num quadrado cada vértice pertence a 2 arestas e se num cubo cada vértice pertence a 3 arestas, num hipercubo cada vértice vai pertencer a 4 arestas.

Um pouco mais, ainda. Se num quadrado cada aresta pertence a 1(uma) face e se num cubo cada aresta pertence a 2(duas) faces, num hipercubo cada aresta vai pertencer a 3(três) faces.

Resumindo o que já sabemos e acrescentando um pouco mais, temos que o hipercubo possui 16 vértices, 32 arestas, 24 faces quadradas e 8 células cúbicas. Cada vértice pertence a 4 arestas, a 6 faces e a 4 células. Cada aresta pertence a 3 faces e a 3 células. Cada face pertence a 2 células.

Se você estiver empolgado com o hiperespaço e quiser explorar muitas dimensões mais, há uma fórmula geral:


- se o número de dimensões de um politopo ortogonal for n, e o número de dimensões do elemento geométrico considerado for k, a quantidade desses elementos será dada por C(n,k)2n-k, onde C(n,k) é o número de combinações simples de " n" objetos tomados em grupos de "k".

Como exemplo de uso da fórmula, vamos calcular o número de arestas de um cubo comum. Se o elemento é aresta, que tem 1 dimensão, então k=1. Se o cubo é o politopo ortogonal de 3 dimensões, então n=3. A fórmula fica assim, por substituição dos valores: C(3,1)23-1. O resultado é 12. Portanto, o cubo tem 12 arestas. E quantas células tem um hipercubo? Como as células são cubos comuns, que têm 3 dimensões, k=3. Como o hipercubo considerado tem 4 dimensões, n=4. Substituindo na fórmula ficamos com C(4,3)24-3, cujo resultado é 8. Portanto, o hipercubo (4D) tem 8 células. E o número de faces quadradas do mesmo hipercubo? Como as faces têm 2 dimensões, k=2. Como o hipercubo tem 4 dimensões, n=4. A quantidade de faces será dada por C(4,2)24-2, cujo resultado é 24. Portanto, o hipercubo (4D) tem 24 faces quadradas.

Sem forçar demais, procure agora juntar tudo o que descobrimos sobre o hipercubo. Pense a respeito, com muita atenção. Veja como é possível conhecer as propriedades de um objeto de 4 dimensões, dentro da mais pura lógica, ainda que nunca o possamos ver nem construir fisicamente. Não é incrível que 8 cubos possam ser colados uns nos outros, num espaço 4D, para formar uma estrutura de características geométricas tão interessantes quanto estranhas?

Veja o desespero de Eck, na figura 9.4, ao olhar para 6 quadrados e tentar imaginar um cubo (3D) formado com eles. Sinta você o mesmo, ao olhar para 8 cubos e tentar imaginar um hipercubo (4D). Lembre-se sempre de que tentar enxergar de fato um hipercubo é tão inútil para nós quanto Eck tentar enxergar um cubo. Mas, apesar disso, nem tudo está perdido, porque, do mesmo modo como Eck pode ver a projeção de um cubo sobre seu universo 2D, nós também podemos ver a projeção de um hipercubo sobre nosso espaço 3D.



Há três maneiras de visualizar o Tesseract.



(1) o método da analogia do desdobramento.

(2) o método de olhar a sombra em uma dimensão mais baixa.

(3) o método do corte.



Método 1
Suponha que você tem que fazer um modelo de um cubo 3D, de modo a que um habitante da “Flatland” possa visualizar. Uma maneira de fazer isto pode ser a de desdobrar o cubo e esticá-lo um um plano (como uma dobradura de papel). A criatura 2D agora poderá ao menos observar os lados do objeto e poderá começar a fazer algum senso do que seria o objeto dobrado em sua forma 3D usual.



Como um hipercubo desdobrado apareceria esticado na 3D? Em vez de esticado em áreas, como há no diagrama acima, ele deve ser esticado em volumes. Apenas porque as áreas acima são quadrados 2D, enquanto que os volumes que emergiriam de hipercubo desdobrado devem ser cubos 3D. A representação 3D desdobrada de um hipercubo deve ser algo como o seguinte objeto:




Esta forma da projeção do hipercubo foi feita por Kites como mostrado abaixo:



Também foi mostrado nas artes, como nesta pintura de Salvador Dali:





Método 2
Outra maneira de se mostrar como um cubo 3D seria visto por uma criatura 2D seria iluminando um objeto e observando as sombras projetadas em um plano bidsimensional. A criatura 2D tentaria então ineferir, a partir destas sombras, como o objeto 3D seria visto.





Qual é a situação análoga para o hipercubo? Abaixo se vê a projeção de 8 volumes do hipercubo projetados em perspectiva em 3D







e em rotação:

hipercubo




Método 3
A última maneira de se representar um cubo 3D na 2D é a de cortá-lo, fazendo secções, tal qual se faze em arquitetura ou em estudos anatômicos. Um cubo então é visto como muitos quadrados que fazem uma composição:





Uma “fatia” de um hipercubo sera um cubo 3D. Este corte mostrará então volumes no lugar de areas:



Este modelo de hipercubo foi primeiramente feito por Claude Bragdon em seu livro de 1913 “A Primer of Higher Space.” Bragdon foi o arquiteto que incorporou este e outros “designs” 4D em suas construções. A Câmara de Comércio de Rochester , New York, foi um deles.


Rochester

Aqui uma projeção 3d de um hipercubo em rotação:




Silence/Silêncio





A mente começou a contar suas histórias, mas a alma disse,
Eu não tenho tempo para ouvi-las agora.


Mevlana Jalal ud_din Rumi





Num momento de admiração ficamos sem palavras, presente. Num momento de espanto, um estado mais elevado surge;

o Silêncio é o arauto perfeito da alegria,” diz Shakespeare, Eu seria pouco feliz se pudesse quantificá-lo.”


Ao mesmo tempo, esta qualidade do silêncio revela as engrenagens do mecanismo interior de uma pessoa. Esta ‘paz que passa toda compreensão’ é uma medida. Os muitos Eus são barulhentos, e com intensidade maior quando estamos com a mente em imaginação desenfreada. Medidos pelo silêncio, os muitos Eus são personagens variadas do bobo da corte, identidades temporárias apoiadas por atitudes mecânicas.

À luz do verdadeiro Eu, eles são vistos como impostores;

os pensamentos sobre quem a pessoa é,
o que ela faz,
o que ela deve fazer,
o que os outros devem fazer.

Os Eus sobre sexo, dinheiro, possessões, saúde, status. Eus sobre o avanço espiritual, ou a falta dele. Eus que lisonjeiam ou degradam a pessoa.

Eles surgem e competem entre eles; os Eus somem quando o silêncio emerge.

Quando uma pessoa desperta, ela acha mais natural estar em silêncio do que falar, escutar mais do que conversar. A intenção do silêncio é provar a natureza ilusória dos muitos Eus. Eventualmente, se descobre que o caos dos Eus não tem poder sobre o silêncio dentro dele. Os muitos Eus desaparecem dentro do silêncio. A Presença se soma ao silêncio dentro do Ser.






vim só para falar de Amor/I have come only to speak of Love

"veremos face a face"

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My Mother is Love
My Father is Love

My prophet is Love

My God is Love

I am a child of Love
I have come only to speak of Love .







Minha Mãe é Amor
Meu Pai é Amor

Meu profeta é Amor

Meu Deus é Amor

Sou uma criança de Amor

Vim só para falar de Amor



Mevlana Jalaluddin Rumi







I know you're here / eu sei você está aqui





A consciência, a atenção


A consciência é o direito de nascimento dos seres humanos, o ser humano pode nascer duas vezes, a primeira no mundo material, e de novo no mundo consciente.



Num momento de presença, a consciência flui para dentro e para fora na mesma freqüência harmônica da exalação e inalação da respiração. A presença unifica a consciência e sua matéria, a testemunha e sua participação na realidade. Ao estudar a energia da consciência, da atenção, descobrimos como controlá-la e usá-la para obter a consciência de si. Todas as pessoas têm esta energia em abundância, de acordo com sua saúde ou estado da mente, porém a chave para estar presente está em como esta energia é aplicada. A atenção se manifesta em vários níveis; por exemplo, o foco necessário para aprender uma habilidade, desenvolver um conceito, absorver um fato, ou o cuidado necessário para atravessar uma rua agitada. A atenção pode ser usada como o vínculo entre a mente e o sujeito, ou senão estamos presos na fascinação, ou enjaulados na imaginação. Seu uso mais elevado é conseguido através de um esforço especial para criar presença, separando-a do sujeito, mas mantendo seu foco, e o que parece impossível na imaginação, é mais possível na presença. Existem vários exemplos de como a atenção soma ao sujeito. O amor de um chefe de cozinha em cozinhar é um dos ingredientes de um prato delicioso. Os amantes descobrem um fluxo natural e magnético de atenção entre eles. Um dançarino se concentra num pulo de balé, que na sua performance se torna um salto espetacular. E através de esforços consistentes, o estado da presença se torna ciente de si, independente do estado do sono, independente do tempo, uma “alma viva”.

Existe um equilíbrio delicado em usar a atenção. Na maior parte do tempo, estamos sem foco, distraídos pelos eventos ou absorvidos em meio-pensamentos e medos, imagens associativas randômicas da imaginação. Observando isto, podemos nos dar um exercício: ficar consciente de nossa mão por quinze minutos. Durante o exercício, embora o objetivo seja uma lembrança consistente, o nosso nível de atenção flutua constantemente, se desvia para uma outra disposição, um desejo, ou um pensamento. Sem um objetivo, a atenção é levada para a impressão mais forte ou mais óbvia do seu redor, ou se absorve na imaginação vazia.

Ao observar quão facilmente a atenção pode ser interrompida, encontramos o verdadeiro desafio para desenvolver a consciência. Qualquer coisa que distrai a nossa atenção tem o poder sobre a alma. Ao mesmo tempo, a origem desta limitação vem de dentro de nós mesmos. ‘Um guerreiro espiritual,’ Abu Bakr escreve, ‘não tem inimigos exteriores.’ Nossa posição é intrigante e desconfortável, a consciência e a mecanicidade dividem a mesma pele, apesar de não serem compatíveis. Porém ao aceitar este fato, ambos estão livres para atuar seus papéis, a máquina funcionando de sua maneira usual, a consciência se desenvolvendo independentemente. Com disciplina, objetivo e apreciação pelo propósito superior em nossas vidas, a atenção pode ser usada para desenvolver um material elevado do corpo astral.






Você esta em minha cabeça,
Eu rezo por sua voz cada vez que
eu me afasto sem querer
Embora eu não compreenda/ A razão,
eu estou preso aqui na eternidade...
ajude-me conservar minha alma
E Rendo-me a seu graça!

tire-me do erro (ou "leve-me ao lado certo)
Você sabe que eu sei que você está aqui

Steve Vai in I know you're here

ser um deserto



...Essa memória do éden assedia a nós todos
Essa flor do deserto, esse raro perfume...

in Desert Rose by Sting




Michael Berg
Existe um ensinamento antigo que se encontra no cerne do verdadeiro desenvolvimento espiritual: a fim de estarmos constantemente conectados com a Luz do Criador, temos que nos desenvolver e nos tornar como o deserto.

O deserto é um espaço aberto, sem dono, dentro do qual qualquer um pode fazer o que quiser. Este é o suposto nível até onde devemos nos desenvolver.

Ser como o deserto significa que você não se importa com o que as pessoas lhe fazem, com o que as pessoas lhe dizem ou com o que elas não lhe fazem ou não lhe dizem. Significa ser livre no sentido mais profundo.

Nossa natureza é geralmente o oposto do deserto. Ficamos extrema e constantemente preocupados com o que os outros fazem, dizem ou até mesmo com o que pensam sobre nós.



Somos prisioneiros de quase todo mundo, porque suas ações, palavras e pensamentos podem influenciar nossos sentimentos e nossa vida.

A fim de nos desenvolvermos espiritualmente, precisamos trabalhar constantemente no sentido de ser como o deserto, sentindo-nos abertos e livres como o deserto.



Não se trata de um processo fácil, mas não só ele possibilita imensamente nosso desenvolvimento espiritual, como também nos leva a um nível de equanimidade e paz que não pode ser alcançado de qualquer outra forma.

É um processo que demanda constante foco e esforço, mas cujo efeito espiritual e prático é imenso.




Fonte: Kabbalah Group
Estudos, imagem e formatação: Zoia Petrow

© Permitida a reprodução em qualquer midia, desde que citada as fontes originadas e mantidos integralmente todos os demais créditos.







criar luz... falando!

por Yehuda Berg

Você sabia que abracadabra vem de uma antiga expressão em aramaico, “eu falo enquanto eu crio” ?

O que isto nos ensina é que a fala está bem mais próxima da espiritualidade do que qualquer ação física. É a fala que separa o homem de todos os outros reinos. A voz humana é a realidade espiritual dos 99%. As palavras que dizemos são a realidade física do 1%.

O que dizemos manifesta o que existe lá em cima, aqui em baixo.

Entretanto, existem duas realidades dos 99%.

Vou repetir, porque não se fala sobre isso o suficiente, existem duas realidades do s 99%: A Árvore da Vida (o sistema puro) e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (o sistema impuro). Quando dizemos palavras negativas nos conectamos com o plano impuro e trazemos escuridão para o mundo. Quando dizemos palavras positivas, trazemos Luz para este mundo.

Tudo depende da fala.

De uma perspectiva kabbalística, a avultante crise da gripe suína – e todo o caos – é resultado de palavras negativas que lançamos no éter todos os dias de nossas vidas.

É por isso que os kabbalistas dizem que as palavras podem matar. Quando alguém comete violência física contra outra pessoa, pode derramar sangue e machucar o corpo físico do outro. Quando insultamos outra pessoa fazemos com que o sangue suba ao seu rosto, derramando sangue… no nível de alma.

Todavia, vivemos numa realidade invertida onde tudo está de cabeça para baixo. Damos mais importância ao físico do que ao espiritual. Não damos valor à alma e por isso não nos importamos com as palavras que dizemos.

Preciso mencionar neste ponto que isto é fácil de se explicar, mas difícil de compreender e colocar em ação. Entender que palavras e pensamentos têm mais poder que uma ação física? É muito difícil.

No entanto, nossa escolha é continuar dando importância para o físico – e colher todo o sofrimento, dor e doença que vem junto – ou dar importância para o espiritual e ficar atentos às palavras que falamos – e levar este mundo de volta à verdadeira realidade onde não existe escuridão.

Coloque amor nas palavras que disser. Faça um esforço verdadeiro de colocar os interesses de outra pessoa na frente do seu próprio. Tenha extremo cuidado com os pensamentos e palavras que dirige aos outros. Espiritualmente, este é o caminho para sair desta bagunça. E não somente da bagunça atual em que nos encontramos, mas quaisquer catástrofes futuras que estejam se dirigindo a nós.

Em vez de ficar correndo atrás da bola, vamos nos antecipar a ela para variar.



Silencio meu ego. Aperto o botão de mudo. Agora, convoco a Luz para falar por mim, em todas as ocasiões, de forma que todas as minhas palavras elevem minha alma e toda a existência.





o que "somos eu" ?

Permita

Que o Amor

Invada sua casa,

Coração

Saia, não vaia,

Não caia na navalha

Que corta a tua carne

E sangra tudo o que você precisa

Descobrir

(cidade negra - sombra da maldade)








EGO:



aquela pequena peça defeituosa…
por Liane Alves


Quem é você? O que é você? Até onde vai o que é você e onde começa aquilo que você chama de "os outros"? Você já deve ter feito essas perguntas a si mesmo, não é? Sinto decepcioná-lo tão cedo, mas não há resposta para elas. Ou melhor: respostas há, mas assim, no plural. E nem todas dizem a mesma coisa. Falta consenso, e não foi por falta de gente inteligente e iluminada interessada no assunto. Buda, Freud, Jung e Sartre são algumas das cabeças que tentaram decifrar a si mesmas. E o que eles disseram, no que discordam e no que concordam é o que você vai ler a seguir.


Primeiro, vamos dar nomes aos bois. O ego é aquilo que você chama de "eu". A questão é: ele é você, mesmo? Sobre isso, há duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que, ufa, nesse ponto há um certo consenso, sim.


A ruim é que o consenso mais complica do que explica. E o que vem a ser esse consenso? Bom, dizem os estudiosos que há mais em você do que o ego. Ou seja: você não é só esse que está lendo este texto, entendendo as palavras e pensando onde é que ele vai levar O ego pode ser o foco central da sua personalidade, como dizia Freud. Ou um monte de elementos agregados que parecem ser uma unidade, como querem os budistas. De qualquer forma, ele é só uma parte de você.


O ego é o centro da consciência inferior (diferente do Eu que é centro superior da consciência). O ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. O ego serve para nos proteger na vida, mas deixá-lo livre pode trazer mais sofrimento do que felicidade.


Para saber como nasce o ego e como ele se desenvolve, observe um bebê recém-nascido. Ele apenas é - como uma flor, uma estrela ou um coral. Com o tempo, o bebê passa a existir - isto é, a se relacionar com o mundo que o rodeia e a se diferenciar dele. Com 2 anos, a criança já tem uma perfeita noção de que está separada do mundo próximo - da mãe, do pai, dos brinquedos, da roupa e da comida. Surge o "eu", a referência auto-centrada, egóica, em oposição aos "outros". Até aí, normal. Essa sensação de identidade é o que vai garantir sua sobrevivência. O ego é necessário e vital nesse período.


Assim a criança cresce, tendo a si mesma como referência, ou seja, buscando o que lhe dá prazer e tentando evitar o que a faz sofrer. É assim que ela saberá do que gosta e do que não gosta, aprenderá a optar e escreverá sua história. "O ego dá uma sensação de continuidade no tempo, de identidade autobiográfica", diz a pesquisadora e psicóloga paulista Márcia Tabone. Lembrando-nos do que fizemos ontem e do sentimento que aquilo causou é que escolhemos o que fazer hoje. Tudo isso para dizer, precariamente, aquilo que você experimenta o tempo todo. Afinal, estou falando de como é, para você, ser você. Ou, para mim, ser eu.


Então para que gastar papel e tinta para falar de algo que todos conhecemos? É que, mais cedo ou mais tarde, as escolhas pautadas no prazer começam a não satisfazer mais. Não basta a casa confortável, o carro veloz, o trabalho satisfatório, os filhos, a mulher ou o marido. Aflora um sentimento profundo de falta. É nessa fase, na crise existencial da meia-idade (que pode acontecer antes ou nunca), que surgem as perguntas "quem sou eu?", "o que estou fazendo neste mundo?", "para onde vou depois de morrer?". Começa uma busca, não mais restrita aos desejos do ego, mas para além dele.


É verdade que, nestes tempos de consumo desenfreado, em que todas as mensagens enfatizam o prazer que você tem que ter, com este ou aquele produto, esse questionamento não anda sendo levado a sério. Mas às vezes aparecem pistas de que você não é só esse você que pensa, se reconhece no espelho e faz escolhas. E não estou falando de ouvir vozes dentro da cabeça ou ter dupla personalidade. Nada disso. Trata-se de reconhecer, para começar, que nossos desejos e nossa identidade são dinâmicos. Eles mudam com o tempo, o lugar, as circunstâncias. Você nunca se pegou sentindo, pensando e agindo de forma diferente, às vezes até contraditória, quando está de férias, em um local desconhecido? É isso. Para explicar variações como essas, algumas tradições espirituais dizem que dentro de nós existe não apenas um "eu" sozinho, mas dezenas deles, que se revezam a cada minuto, nos desdizendo o tempo todo. E os estudiosos do assunto concordam.




Freud explica





Na psicologia ocidental, o ego vive na maior saia justa. A estrutura da personalidade, segundo Sigmund Freud, é dividida em três partes. Tem o ego, sobre o qual já falamos, mas também tem o id e o superego, que permanecem como a parte submersa de um iceberg.


O id é nossa fração mais instintiva, primitiva, e vive entre dois opostos. De um lado, o impulso para a vida, para o prazer. Do outro, o impulso para a morte, a destruição, a agressividade. Os filmes de Hollywood exploram ao máximo essa dualidade, com cenas de sexo e violência.


O superego é o freio a isso tudo e representa as forças de controle da sociedade. Segundo o médico vienense, ele também tem duas vozes:


  • o ego ideal, que é uma imagem projetada de nós mesmos, da maneira que gostaríamos de ser; e
  • a consciência, que é quem diz como fazer para alcançar o ego ideal (uma versão mais moderna do anjinho e do diabinho dentro de nós).


Ou seja, para Freud, o ego, esse que você chama de "eu", não é nada mais do que um funcionário pragmático com vários patrões. Por exemplo, se uma garotinha de 3 anos quiser comer doces que os pais proibiram, ela vai fazer isso quando eles não estiverem olhando - uma forma de o ego conciliar o que lhe pede o id (a busca de prazer) sem ferir o superego (o controle). E tudo isso ocorre aí dentro de você mesmo, embora você não ouça. "Pobre ego... serve a três mestres severos e faz o que pode para manter em harmonia suas solicitações e demandas. Não é à toa que ele falhe tanto nas suas tarefas", escreveu Freud.




O Inconsciente Coletivo



la pretre marie by rené magritte



Carl G. Jung, discípulo de Freud, trouxe a essa teoria uma novidade e tanto. Ele também diz que nós somos mais do que o ego. Mas, para ele, em vez de id e superego, o que carregamos dentro de nós é o Inconsciente Coletivo. Ou melhor: o Inconsciente Coletivo é que nos carrega dentro dele. E o que é o esse tal de Inconsciente Coletivo? É uma espécie de voz que vem do passado e que nos lembra quem somos e como chegamos aqui. "A psique não é de hoje", escreveu Jung. "Sua ancestralidade data de milhões de anos. A consciência individual é só a flor e o fruto de uma estação." Imagine-se como uma esfera. O ego, a parte que você chama de "eu", seria apenas o centro. O resto são experiências, valores, idéias e conceitos que compõem o Inconsciente Coletivo, patrimônio comum da humanidade inteira que se manifesta e se transmite pelos arquétipos (símbolos universais como o herói, a mãe, Deus, para ficar nos exemplos mais comuns). Os sonhos e as diversas formas de expressão artística dão pistas de como essas formas arquetípicas influenciam sua mente e sua vida.


Mais recentemente, merece destaque a psicologia transpessoal, uma vertente mais mística da ciência criada por Freud que fala das vivências não individuais - fora dos limites do ego - que a mente pode experimentar. "A psicologia transpessoal abandonou a abordagem estritamente racional e autobiográfica para uma visão mais abrangente, que leva em conta aspectos não individuais da mente e, sim, sua totalidade", afirma Márcia Tabone, psicóloga junguiana e transpessoal.


Visão Budista





Entre as filosofias que destacam o papel do ego está o budismo. Entre seus adeptos, diz-se que ego não é uma unidade, mas um aglomerado de elementos diferentes, que dão a ilusão de ser uma coisa só. Na verdade, para os budistas tudo é assim na vida. Pegue uma bicicleta, por exemplo. Ela é feita de elementos que não são uma bicicleta: o selim, o guidão, as rodas, aros e correntes, o pedal. Você pode até achar engraçado (eu acho, pelo menos), mas são elementos não-bicicleta que formam uma bicicleta. A bicicleta é um conceito abstrato. Dizer que aquele monte de coisas é uma bicicleta é só uma maneira de o cérebro facilitar seu trabalho. É como se na sua cabeça morasse um funcionário que etiquetasse com conceitos tudo o que você conhece: árvore, sol, lua, triste, alegre, bom, ruim. Ou seja, lidamos com uma realidade conceitual, diferente da realidade real. E a realidade conceitual é uma ilusão que nos impede de ver a realidade real, dizem os budistas. O mesmo acontece com o ego. Ele é um amontoado de características diferentes, que, juntas, parecem ser uma coisa só. O ego é um conceito.


Num de seus últimos ensinamentos, Buda diz para seus discípulos, estupefatos, que nada existe, que tudo é vazio. Ou, de outra forma, que tudo existe apenas virtualmente. Além disso, esse mundo virtual é um todo interdependente e que esse todo está em constante mudança. Em outras palavras: você não existe. Você é a revista que está lendo, você é o ar que está respirando, você é o chão que está pisando, você sou eu. Ver você separado do resto, como se você existisse por si só, e tentar frear o fluxo de mudanças que passa por você e que você traduz como dor ou prazer é desconhecer a realidade. O ego, essa noção que temos de nós mesmos separados do mundo, é uma ilusão. Por essa visão de mundo, tudo está interligado, como uma grande trama, uma rede. "Ferir uma pessoa é ferir a nós mesmos. Trazer alívio a uma pessoa é trazer alívio para todas as demais pessoas, inclusive a nós mesmos", escreveu o monge vietnamita Thich Nhat Nhat em seu livro Cultivando A mente de Amor.


O outro Eu


Então há mais de você em você mesmo. Mas como sentir ou viver esse você? Bom, aí também não há consenso. Para os budistas, a meditação é o caminho para entrar em contato com nossa verdadeira natureza, uma realidade que os cristãos chamam de natureza divina, ou mesmo, Deus. Não por acaso, Meister Eckart, um monge místico alemão que viveu no século 13, dizia que Deus morava dentro de nós, no fundo da alma, imerso em silêncio.



A psicologia transpessoal compartilha essa fé na meditação para a ampliação da consciência. Com a meditação, dizem seus adeptos, podemos ver os pensamentos e desejos fluírem como um rio, não estamos mais mergulhados neles. Provamos o espaço interior que existe além do ego, tocamos o que não é limitado pelo espaço e pelo tempo. "A transformação começa com uma experiência de unificação e liberdade em que compreendemos, mais clara e diretamente, a razão de nossa presença aqui na Terra", escreveu o pintor e pensador americano William Segal, em Respirar o Instante. "É uma tarefa sensível abrir-se para os padrões sempre mutáveis de nossa vida interior e exterior", diz ele. "Nessa altura, parte do ego se amplia e torna-se 'transpessoal', isto é, ele não estará mais restrito ao indivíduo. Surge uma identidade maior, que pode ser tocada na meditação, mas também em experiências místicas ou existenciais profundas", afirma Márcia Tabone.


Se de um lado o Oriente propõe a anulação do ego, no Ocidente há quem pregue que a resposta para as inquietações e a conquista do equilíbrio pessoal pode ser apenas a superação do ego infantil (quero, não quero, gosto, não gosto), com a possibilidade do nascimento de um humanismo individualista mais responsável. Se você gosta de grandes nomes para dar fé a teorias, essa tem a assinatura do mitólogo americano Joseph Campbell. "Existe essa terceira possibilidade, sim, que é encaminhar o ego na direção de uma maior consciência. Não em direção à sua anulação, mas no caminho do seu desenvolvimento", diz a professora Lia Diskin, da Associação Palas Athena, em São Paulo.





É o caminho do meio. Menos ego e mais compreensão.





->Fonte: Grupo de estudos Cinturao de Fótons fornecido pelo Dr. Bernardo de Gregório



Textos complementares:










Cristo Cósmico em mim reverência Cristo Cósmico em Ti.

Foto Manuel Lücht
Imagem e Arte Zoia Petrow
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