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" Você esta aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele.

Veja como você é importante! "

Eckhart Tolle


Arrisque... o risco é a unica maneira de você saber se está "realmente" Vivo!!!

Zoia Petrow








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Impermanência


Rind by Maurits Cornelis Escher, 1955




Na torção espiral a consciência se recria, despoja-se do que pensa, retornando ao que realmente É, o encontro sagrado Alfa & Omega, onde tudo começa é onde tudo termina.

Zoia Petrow




A utilidade da Compreensão sobre a Impermanência




por Bhante Henepola Gunaratana


“Como tudo é impermanente porque deveríamos fazer aquilo que fazemos normalmente nas nossas vidas diárias?
” foi a questão colocada por um amigo nosso ao ler meu artigo intitulado “Aquilo que é Impermanente é Insatisfatório” que foi publicado em 1994 na Bhavana Newsletter.

Esta é, na verdade, uma pergunta muito importante que cada um de nós deveria se fazer .
Sendo tudo impermanente porque devemos fazer aquilo que fazemos? Não é uma questão sobre “se tudo é impermanente” mas sim “como tudo é impermanente.” A impermanência é uma lei eterna e universal que ninguém pode contestar.

‘Tudo’ neste caso significa
os nossos sentidos e os seus objetos. Quando os sentidos são impermanentes não importa na verdade se outras coisas são permanentes, pois é através dos sentidos que percebemos as coisas e é por meio dos sentidos que nos apegamos a elas. Também é nos sentidos que o desejo surge e cessa. Quando temos apego aos nossos sentidos e aos objetos dos sentidos, não pensamos nem por um segundo que ambos, os sentidos e os objetos, são impermanentes. Se pensássemos que eles são impermanentes então poderíamos usar os nossos sentidos e seus objetos com atenção plena e não ficaríamos aprisionados pelo apego a eles. É esse apego aos sentidos e seus objetos, que são impermanentes, que gera o insatisfatório nas nossas vidas. Isso não quer dizer que não devamos ser cuidadosos com os nossos sentidos. Podemos cuidar deles sem nos tornarmos apegados a eles, sabendo que são impermanentes.

Sabendo que essa é a verdade e que não há como se esconder da realidade da impermanência, nos preparamos para enfrentar e aceitar isso. Não podemos fugir do nosso corpo porque cada célula no nosso corpo é impermanente e morre, como deve ser, quando chegue o seu momento. E se elas não morrem, convertem-se em um grave problema de doença auto-imune . Elas permanecem como células velhas apegadas ao seu hábitat multiplicando-se e ocupando o espaço de outras células jovens e saudáveis. Isso é o que ocorre também com as células cancerosas. Elas ocupam o espaço de células saudáveis no corpo, sem contribuir para o bem estar deste. Ao invés disso elas devoram as células saudáveis ao seu redor e se espalham gradualmente por todo o corpo. Quando o momento de mudança chega, precisamos nos soltar dos velhos apegos e permitir que a mudança ocorra. Tente ser mais sábio à medida que você vai mudando e crescendo.



up and down by Maurits Cornelis Escher

A aceitação da mudança é muito difícil para quase todas as pessoas, porque desde o estágio embrionário somos impulsionados por nosso desejo insaciável que se expressa através das nossas atividades e movimentos, que por seu lado criam mais desejo e energia para suportar e manter o nosso desejo inicial. Cada célula no nosso corpo é uma unidade geradora de energia poderosa que converte todo alimento em energia para suportar nosso desejo por mais alimento. O desejo é um mecanismo inerente ao nosso corpo e mente. Você não é capaz de viver sem ele, até que consiga livrar-se dele. O desejo não pode simplesmente ficar ocioso sem fazer nada na mente e no corpo. O desejo precisa criar. Precisa gerar outros desejos, outros seres. Precisa fabricar uma coisa ou outra, todo o tempo, para consumir o desejo. Como você possui a energia do desejo, você tem que se engajar em fazer coisas para satisfazer os seus sentidos. Algumas dessas atividades trazem benefícios para você ou para seus companheiros, ou para o seu ambiente. Devido a essa satisfação você perpetua o desejo de se tornar ainda mais ambicioso ou visionário.

A característica principal do desejo é o apego a uma coisa ou outra, uma pessoa ou outra, um lugar ou outro, uma visão ou outra, um aroma ou outro, um som ou outro, um toque ou outro, uma idéia ou outra, um conceito ou outro. Enquanto você estiver apegado a algo, a verdade da impermanência não irá se infiltrar nem nos seus sonhos mais loucos. Tudo que você deseja é o prazer do apego, a alegria do apego, a sensação de segurança do apego. O apego traz esperança, confiança, força psicológica. Produz consolo e conforto artificiais compostos dos ingredientes da impermanência. Veja como o esperma e o ovo se juntam para produzir um embrião.

Devido ao desejo, o esperma do homem vai em busca do ovo de uma mulher. Os biólogos não sabem porque os espermas enfrentam uma difícil jornada com todo tipo de problemas e perigos para encontrar um ovo que é 85.000 vezes maior do que eles. Apenas um entre os milhões de espermas liberados na vagina consegue encontrar o ovo que se encontra nas trompas de falópio da mulher. O mecanismo de defesa da mulher se empenha em rejeitar todos os organismos estranhos. Nesse ambiente hostil, apenas um, entre dois a quinhentos milhões de espermas, imbuído do desejo e impulsionado pelo kamma, consegue alcançar o ovo. Assim que o esperma alcança o ovo, este o abraça e o engolfa com rapidez e forma uma parede ao seu redor de forma que nenhum outro esperma possa entrar no mesmo ovo, o que daria início a uma batalha no seu interior que só complicaria ainda mais as coisas. No entanto, por mero acidente, se dois espermas entrarem no ovo haverá a formação de gêmeos.

Nessa operação, o desejo do homem, o desejo da mulher e kamma encapsulado na consciência de renascimento de um ser que tenha morrido em algum lugar, criam a situação para a fertilização do ovo. Se qualquer um dos três (ovo da mãe, esperma do pai e a consciência do renascimento) estiverem ausentes, o ovo não será fertilizado. Se a mulher, não desejando ter um bebê, usa um método contraceptivo ou se o ser que irá renascer não possui kamma suficiente para renascer como ser humano, o ovo não será fertilizado. Por trás de todo esse processo também existe um outro fator imperceptível para a mente comum e esse fator é a ignorância da verdade da impermanência.

O desejo opera de forma muito disfarçada desde o ser unicelular até o ser multicelular. O ovo recém fertilizado começa com 23 cromossomos do pai e 23 cromossomos da mãe e termina, em nove meses, com trilhões de células. Elas continuam a se multiplicar até chegar em 100 trilhões de células em um adulto. Tudo isso começa com o desejo, uma das raízes da existência da vida. O desejo está programado no nosso DNA. Ele continua a existir até que seja desprogramado através de um método muito especial
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Mobius by Maurits Cornelis Escher

A cada segundo 500 bilhões de hemoglobinas são geradas no nosso corpo sob a supervisão do DNA. Cada uma dessas 500 bilhões de hemoglobinas está carregada com o desejo de viver. É claro que elas morrem numa mesma taxa dando lugar para que novas hemoglobinas surjam. Com esse surgimento, o desejo de viver também continua a fluir na nossa vida. Cada célula no nosso corpo é um mundo em miniatura criando novos desejos de viver. A cada momento a nossa mente também gera desejo por um incontável número de coisas. Devido a essa interminável geração de desejos no corpo e na mente, a cada momento em que os nossos sentidos entram em contato com os seus objetos o desejo entra em cena quer seja para agarrar algo ou para rejeitar algo, sendo ambos uma característica do desejo. Quando a mente não gosta de uma certa experiência ela deseja repelí-la e substituí-la por algo que ela goste mais. Algumas vezes a mente não encontra um substituto, mas mesmo assim ela não quer manter a experiência desagradável. Se ela encontra um substituto, ela o agarra com rapidez, igual a um ovo agarrando um esperma. Senão, ela simplesmente se contrai em depressão ou se afasta de tudo.

Você sabia que milhões de neurônios morrem no seu cérebro a cada momento? Você sabia que milhões de células do sangue morrem a cada momento? Você sabia....(complete com as estatística das partes do corpo que morrem a cada momento).

Devido a esse desejo não queremos pensar que tudo aquilo que gozamos ou tudo aquilo que possuímos é impermanente. Preferimos pensar que tudo que gozamos e possuímos é permanente. Quando vemos os nossos sentidos e as nossas experiências sensuais sob a luz da impermanência, as nossas mentes são capazes de se soltar do ressentimento que opera dentro de nós como um câncer. A mente está ancorada na amargura porque não é capaz de ver as coisas em nós e nos outros mudando. Devido a essa situação, a mente fica tediosamente ruminando o tema da má vontade e continua a sofrer.

A compreensão da impermanência surge nessa situação como um fator de consolo e nos aconselha, “Não fique preocupado, pois esta situação desagradável é tão impermanente quanto a situação agradável que você acaba de perder. Apenas espere. O tempo irá curar todas as feridas. Isso já lhe aconteceu no passado e irá ocorrer outra vez. Recorde que todas as experiências passadas estiveram sujeitas à mudança.

Essa é a natureza das coisas. Simplesmente relaxe. "Tudo ficará bem.”



Itens relacionados:

1.Os Quatro Pensamentos que Transformam a Mente
2.A Sabedoria do Desapego
3.acesso insight

Filme: O Pequeno Buda de Bernardo Bertolucci




Maurits Cornelis Escher

:artista gráfico holandês , nasceu em 17 de junho de 1898 e morreu em 27 de março de 1972. Explorava o mundo da ilusão, com trocadilhos visuais e perspectivas distorcidas. Escher criou um paradoxo visual na "Relatividade" e na "Litografia" combinando três perspectivas diferentes numa única e coerente. O trabalho dele tem uma combinação sem igual com humor, lógica, e precisão meticulosa.



Pesquisa e compilação: Zoia Petrow

Fonte: Grupo de estudos Cinturão de Fótons


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Terra - O planeta das ilusões








Shan (*Terra)
A consciência não vibra mais pelo bem-estar pessoal, mas sim pelo que o social pode fazer por ele, o mundo das aparências. O homem deixou de ser para virar um robô. O robô humano se ilude quando pensa que vive, pois experiencia tão-somente o que o mundo material pode lhe oferecer. Tantas emoções quantas forem necessárias para satisfazer o impulso primitivo do masoquismo inescrupuloso para provar-se humilde e capaz de sacrifícios.
Um mundo de ilusões criado por fantásticas mentes racionais e vazias que acreditam que o externo pode sobrepor o interno, que o palpável pode superar a experiência, que o notório prova a existência e que a experiência é capaz de reproduzir satisfatoriamente o real interno de cada ser existente e que, desta forma, nada mais precisam porque tudo o que é externo, palpável, notório, tem seu valor e pode ser manipulado ou adequado àquilo em que se quer acreditar que é alimento para a sua essência. A insegurança interna do “não-ser” sem saber-se “o que é” é o não-conteúdo ativado das mentes por inexistência de dados cognativos do real em posse da autenticidade para consigo mesmo, calcada no auto-conhecimento completo e inevitável do ser impensante que almeja “apenas” lutar pela sobrevivência aqui no Shan* e acaba por deixar a desejar perceber-se em seu vir-a-ser, porque não admite a hipótese de que poderia ser diferente.

O Shan* é o planeta das ilusões porque os homens se alimentam delas para agüentar e encobrir o real vazio de seus egos, de suas mentes, pois estas estão ocupadas com a sórdida intenção de como sobrepujar o seu companheiro, seu irmão, seu colega de trabalho, sem nem mesmo respeitar cada microuniverso consciencial ou levar em consideração a condição do maxifraternismo. O planeta Terra é habitado por bebês cósmicos que teimam em calcar sua jornada evolutiva em caprichos mal elaborados, formados por “birras” existenciais sem sentido.

É como se os gladiadores do passado aperfeiçoassem suas armas e hoje, ao invés de tacapes e lanças, utilizam-se do mecanismo:  de hetero-assédio, da falsidade e da ostentação do 'satus quo', esmagando o outro para provar que ainda são os “reis das selvas”, o animal que delimita seu espaço deixando suas marcas em cada canto.

Ao invés desse irracional animal humano perder tanto tempo buscando desesperadamente lutar para manter seu espaço limite multissecularmente falando, ele mesmo poderia, sem sombra de dúvidas, conquistar o 'status quo' de ser repleto em sua existência, admitindo a possibilidade do completismo de suas realizações existenciais por intermédio de sua total capacidade pró-evolutiva. Executar sua competência para a auto-evolução.

Mas, ao invés de buscar viver sua inteligência, aplacando seus corações vazios, aplacando sua mágoa de não conseguir sentir-se uno a si e ao Universo, encerrando-se no mais profundo auto-ódio, busca desesperadamente pela aventura da conquista, que se resume em competições, iludindo-se e fazendo-se acreditar que, desta forma, vencer esta competição, subjugar alguém, contando quantos adversários sua mente brilhante conseguiu abater, manipular com “seu poder de persuasão”, poderá ser alguém para alguém e, principalmente , acreditar que isso lhe dará o cocar de grande chefe, seu alimento de alma para o aumento da sua segurança e da auto-estima.

Isto é ilusão.

Ilusão é alguém pensar que será feliz trazendo infelicidade ao outro. É ilusão pensar que será importante para alguém se este alguém precisar de você; é ilusão pensar que será vencedor, vencendo um vencido, o mais fraco, alimentando a sua alma (seu ego) por meio de outras ingênuas e inconscientes, isso se chama vampirismo. É ilusão acreditar que poderá sentir-se bem causando qualquer prejuízo para alguém , porque o outro faz parte de você dentro deste Cosmos e “sua mão não termina onde começa a minha mão”, visto que somos formados pela mesma essência universal. Não se deve esquecer que o verdadeiro escore, o verdadeiro placar do Universo, é marcado tendo em vista quantas pessoas este ser conseguiu retirar da sombra, da penumbra da ignorância.
É ilusão pensar que no Universo as coisas não são justas, pois nele tudo está correto. Não se pode colher aquilo que não se plantou. “Se você jogar flores ao Universo, ele as devolverá...”, se elas possuírem espinhos, então cuidado, pois você poderá se espetar.

Você perceberá o Cosmos de acordo com a óptica do seu microcosmos, daquilo que sua visão conseguir enxergar, da forma que o seu ser puder perceber. Mas mesmo os espinhos das flores que retornam a você são importantes para que saiba que ainda necessita se defender.

Só não precisa de defesa aquele que nada deve, de forma alguma. A intencionalidade é algo que determina o “dá-recebe” do Cosmos, sem dúvida; quanto mais medo tens daquilo que pode “vir”, é porque você ainda não começou a realizar. Quanto mais medo daquilo que tens de fazer, é porque ainda não deixaste a covardia sórdida do homem que teme mudar.

Ser um componente atuante do Cosmos exige transcendência constante. Quanto mais medo você tiver de mudar, mais longe estará de você, de nós, do Universo, de tudo o que divino, pois vive na ilusão daquilo que deseja, sem saber o que realmente quer.

Robô teleguiado por seus próprios morfopensenes, vive na “ilusão de que ser homem bastaria”, acreditando que esta condição humana é o cume de sua existência, embotando sua essência real na intencionalidade politicamente correta. Quanto mais medo o homem tiver de encarar o real, menos coragem para enfrentar qualquer realidade e mais imaturo será, maior tempo passará no infantilismo adulto ou na eterna adolescência do ego, maior tempo (operação tartaruga) e mais desgaste em sua Jornada Evolutiva. É também ilusão acreditar que postergar a evolução para se sentir pronto ou maduro é melhor. Muitas vezes, ou na maioria delas, quanto mais se demora a se tomar uma postura íntima, mais difícil vai ficando para assumir a evolução.

É ilusão acreditar que falar bonito ajuda a crescer; lembre-se:



  • teoria + prática = teática;




  • teoria e não ação = teoricão;




  • verbo e não ação = incoerência;




  • verbo + ação = verbação;




  • ação sem teoria = ignorância e imprudência.


É ilusão crer que quem “acredita” compreende as leis universais. É ilusão pensar que “boa intencionalidade” é o caminho para a evolutividade. É ilusão pensar que somos um em todas as dimensões. É ilusão acreditar que cometer auto-enganos permaneceremos impunes à Cosmoética Universal. É ilusão crer que se iludir pode trazer um pouco de paz, que a fé abranda a alma e que a sorte é para quem acredita. No Universo, a todo tempo, o real objetivo está diretamente ligado à Real-Idade sugestiva do ser. Portanto, quanto mais tangível e conhecida a situação, maior capacidade de superação. Quanto mais planejada, maior sinal de maturidade, pois é sinal de reflexão. Quanto mais discernimento em suas opções, decisões e escolhas, maior maturidade consciencial e menor interferência de componentes ou fatores externos. Quanto mais realidade houver na percepção de uma situação, menos embate pessoal, pois não haverá depósito de expectativas sobre nada ou ninguém e, assim, menos frustrações para se lidar, pois nada tem-se para trabalhar a não ser o que realmente o é...

Ao planeta Shan das ilusões resta o desejo de que a vontade pessoal sugere o desejo débil e que cada um retire a coroa de ouro de vossas cabeças e troque este adorno primitivo, símbolo ilusório da ostentação de riqueza material e do poder escravizador do homem pelo brilho do Mentalsoma, Cosmoética, Amor e Assistencialidade, que são os principais símbolos não ilusórios da evolutividade.

Que o planeta Terra descubra logo que a maior ilusão é acreditar que o ser humano está sozinho no Universo e que seus corpos são apenas herança genética e que sua vida é apenas destino e que sua alma, seu self ou seu ego, é pouco mais que um aparelho psíquico...

A consciência é a prova da eternidade. Como desfrutá-la é opção pessoal.

por Kadar Monka
revisão e pesquisa Zoia Petrow




















Cristo Cósmico em mim reverência Cristo Cósmico em Ti.

Foto Manuel Lücht
Imagem e Arte Zoia Petrow
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